China: PIB cresce acima do esperado após fim das restrições contra a Covid
PIB DA CHINA Imagem Shutterstock
Economia chinesa subiu 4,5% no primeiro trimestre, recuperando-se após um de seus piores resultados em meio século no ano passado.
O PIB (Produto Interno Bruto) da China cresceu 4,5% no primeiro trimestre de 2022, acima do esperado, mostraram dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (17). O fim das rígidas restrições contra a Covid-19 e o esforço de Pequim para acelerar o crescimento ajudaram a economia chinesa a se recuperar após ter registrado um de seus piores resultados no ano passado.
Analistas consultados pela Reuters esperavam que o PIB crescesse 4% em relação ao ano anterior, acelerando sobre os 2,9% registrados no quarto trimestre.
Na comparação trimestral, o PIB chinês cresceu 2,2% no período entre janeiro março, mostraram dados divulgados pelo Departamento Nacional de Estatísticas, em linha com as expectativas de analistas e acima da alta revisada de 0,6% no trimestre anterior.
Os investidores têm observado atentamente os dados do primeiro trimestre em busca de pistas sobre a força da recuperação depois que Pequim suspendeu as restrições contra a Covid, em dezembro, e aliviou uma repressão de três anos a empresas de tecnologia.
A recuperação da China até agora permaneceu desigual, liderada pelo crescimento de consumo, serviços e gastos com infraestrutura. A redução da inflação e o aumento das poupanças bancárias, porém, estão levantando dúvidas sobre a força da demanda doméstica.
O banco central da China disse na semana passada que manterá ampla liquidez, estabilizará o crescimento e os empregos e se concentrará na expansão da demanda.
Na segunda-feira, a instituição estendeu o suporte de liquidez aos bancos por meio de sua linha de crédito de médio prazo, mas manteve a taxa desses empréstimos inalterada, uma indicação de que as autoridades não estão muito preocupadas com as perspectivas de crescimento imediato.
O governo estabeleceu uma meta modesta de crescimento econômico de cerca de 5% para este ano, depois de não ter cumprido seu objetivo em 2022 (Folha de S.Paulo, 18/4/23)