China vai liberar reservas de potássio para garantir oferta de fertilizantes
O planejador estatal da China disse hoje (22) que o governo vai tomar medidas para manter a oferta e os preços dos fertilizantes estáveis, inclusive liberando reservas de potássio e garantindo que as importações cheguem aos agricultores, enquanto visa reforçar a segurança alimentar.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês) disse que foi um dos 13 departamentos do governo que emitiu um aviso exigindo que as empresas priorizassem o fornecimento de matérias-primas e energia aos fabricantes de fertilizantes.
A capacidade de transporte para as importações de fertilizantes será garantida e as taxas de utilização da capacidade nas empresas de fertilizantes aumentadas, acrescentou.
A China depende das importações de potássio, amplamente utilizado como fertilizante, para cerca de metade de sua demanda anual total.
A oferta está “muito apertada” em grande parte devido à falta de contratos de importação firmados com os fornecedores no início do ano, disse Humphrey Knight, analista sênior de potássio da CRU.
Os preços do cloreto de potássio, o principal ingrediente dos fertilizantes à base de potássio, saltaram 61% no acumulado do ano até o fim de julho, para 3,95 iuanes (US$ 0,62) por quilo, observou o NDRC.
“Afetados por fatores como o aumento dos preços das matérias-primas e a oferta doméstica restrita, os preços domésticos dos fertilizantes e pesticidas permanecerão altos”, disse o NDRC, observando que ambos são essenciais para a produção agrícola e o sustento das pessoas.
“O controle de seus preços dentro de uma faixa razoável desempenha um papel muito importante para garantir a renda e o entusiasmo dos agricultores pelo cultivo de grãos, além de garantir a segurança alimentar nacional”, acrescentou.
Knight disse que as implicações da liberação das reservas de potássio ainda não estão claras.
A China tem tentado repetidamente domar os altos preços das commodities neste ano, inclusive vendendo as reservas estatais. Na sexta-feira, o país realizará seu primeiro leilão de reservas estratégicas de petróleo (Reuters, 22/9/21)