Chuvas ajudam e mantém estratégia de não acionar termelétricas adicionais
Após o registro de chuvas mais favoráveis na região das hidrelétricas neste mês, o governo decidiu manter uma estratégia aprovada na semana passada, de não acionar termelétricas adicionais para atender à demanda por eletricidade, informou o Ministério de Minas e Energia nesta sexta-feira.
As usinas hídricas são a principal fonte de geração no Brasil, enquanto o uso de termelétricas é guiado por programas computacionais que definem seu acionamento levando em consideração questões como a demanda por energia e a disponibilidade de água nos reservatórios hidrelétricos.
O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), que reúne autoridades da área de energia do governo, pode decidir pelo acionamento de térmicas além das determinadas pelos modelos, na chamada “geração fora da ordem de mérito”, mas isso não foi avaliado como necessário no momento.
O ministério disse em nota que houve melhorias na chuvas e “aumento no armazenamento equivalente em todas as regiões do país, com destaque para a região Sudeste/Centro-Oeste, que concentra os maiores reservatórios.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) projetou nesta sexta-feira que as chuvas na região das usinas hídricas devem chegar neste mês a 94 por cento da média histórica, levemente abaixo dos 95 por cento estimados na semana anterior.
As precipitações nos lagos das usinas do Sudeste foram de apenas 61 por cento da média histórica no mês passado, o que levou o CMSE a deliberar pelo acionamento de térmicas fora da ordem de mérito em reunião em 8 de fevereiro, mas o comitê optou por desligar essas usinas a partir do dia 22 (Reuters, 8/3/19)