08/02/2021

CNC: Balanço Semanal de 1 a 5/2/2021

Com início do ano legislativo, CNC atua para preservar Funcafé

Conselho contatou novos presidentes da Câmara, Senado e FPA e demais parlamentares para que Fundo mantenha finalidade de financiar a atividade

Legenda: Congresso retomou atividades na 4ª-feira (3).

Com a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado e o consequente início das atividades legislativas em 2021, o Conselho Nacional do Café (CNC) se articulou junto aos novos comandantes das casas, deputado Arthur Lira e senador Rodrigo Pacheco, ao novo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Sergio Souza, aos demais parlamentares do Congresso e à Presidência da República para intensificar seu trabalho de preservação do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).

Em contato com os parlamentares e governantes, o CNC solicitou apoio para que os cafeicultores e suas cooperativas de produção possam continuar se beneficiando do único instrumento de crédito e fomento exclusivo à atividade cafeeira.

“Dentre as pautas legislativas que impactam a cafeicultura e, mais especificamente, o Funcafé, estão as Propostas de Emenda à Constituição números 186, 187 e 188. Em relação à PEC 187/2019, destacamos a importância da manutenção do texto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, em março de 2020, que preserva o Fundo”, conta Silas Brasileiro, presidente da entidade.

No que se refere às PECs Emergencial (186/2019) e do Pacto Federativo (188/2019), completa, “é fundamental a eliminação dos dispositivos que abrem a possibilidade de desvio dos superávits anuais do Funcafé para amortização da dívida pública federal, o que é inconcebível, visto que o Fundo, conforme sua legislação, tem como finalidade única e só pode ser usado para financiar a cafeicultura brasileira, sendo imprescindível à política de renda ao setor”.

O presidente do CNC recorda que o Funcafé foi constituído com recursos confiscados dos próprios cafeicultores e, atualmente, é o principal instrumento de crédito rural exclusivo à cafeicultura. “É bom destacar que o nosso Fundo não é e nunca foi realimentado com recursos do Tesouro Nacional, não gerando, portanto, ônus para o Governo”, argumenta.

Brasileiro explica que o Conselho será sempre defensor da preservação dos recursos do Funcafé exclusivamente à cafeicultura devido à importância econômica e social que a atividade tem ao País.

“O café é o esteio do desenvolvimento de 1.983 municípios no Brasil, sendo cultivado por 308 mil produtores rurais, dos quais 78% são da agricultura familiar. A atividade gera 8,4 milhões de empregos ao ano, aproximadamente R$ 35 bilhões de renda no campo, além de receita cambial da ordem de US$ 5,6 bilhões ao nosso país”, conclui.

Sem novidades, café segue firme com suporte do aperto na oferta

Nesta semana, o CNC informou que acredita em uma quebra de 30% na safra 2021 do Brasil frente ao recorde de 63,1 milhões de sacas de 2020.

Os contratos futuros do café encerraram a semana com alta moderada nos mercados internacionais. Não havendo novidades fundamentais, as cotações seguem recebendo suporte da sinalização de aperto na oferta, principalmente pela menor safra brasileira.

Nesta semana, o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, informou que a entidade acredita em uma quebra de 30% na safra 2021 do produto no País na comparação com o volume recorde de 63,1 milhões de sacas alcançado na temporada 2020.

Ontem, o vencimento março/21 do café arábica encerrou a sessão a US$ 1,2405 por libra-peso na Bolsa de Nova York, acumulando leves ganhos de 110 pontos na semana. Na ICE Europe, o vencimento março/21 do robusta avançou US$ 37 no período, fechando a US$ 1.343 por tonelada.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que uma frente fria avança, hoje (5/2), para a Região Sudeste, podendo gerar chuvas intensas, temporais e ventania nos quatro Estados.

O serviço prevê, ainda, que a faixa entre norte de São Paulo, Região Metropolitana e capital paulista, Vale do Paraíba e litoral (SP), Costa Verde (RJ) e sul e Zona da Mata de Minas Gerais terão acumulados ainda mais altos.

No mercado físico, as cotações seguiram o desempenho externo, recebendo suporte da valorização internacional e da retração vendedora, o que torna os negócios lentos.

Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 667,61/saca e R$ 425,91/saca, respectivamente com valorização semanal de 1,4% e 0,8% (Assessoria de Comunicação, 5/2/21)