18/01/2021

CNC: Balanço Semanal de 11 a 15/01/2021

CNC: Balanço Semanal de 11 a 15/01/2021

CNC: Funcafé repassou R$ 3,7 bi a agentes em 2020

 

Volume disponibilizado equivale a 69% do total de R$ 5,3 bilhões contratados pelas instituições junto ao Fundo até o momento

 

O Conselho Nacional do Café (CNC) apurou, junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que a liberação dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) aos agentes financeiros, na safra 2020/21, fechou o ano passado em R$ 3,666 bilhões até 31 de dezembro.

 

Considerando que o montante contratado pelas instituições, no ciclo atual, soma R$ 5,318 bilhões até o momento, o volume liberado representa 68,93%. É válido recordar que, para a temporada cafeeira 2020/21, o Funcafé disponibiliza um total de R$ 5,710 bilhões.

 

Do volume repassado, R$ 1,432 bilhão foram destinados à Comercialização, o que corresponde a 64,8% do disponibilizado para esta linha; R$ 1,210 bilhão para Custeio (75,6%); R$ 547,9 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café – FAC (49,3%); e R$ 475,9 milhões para Capital de Giro (75,5%).

CONTRATOS ASSINADOS

Ontem (14), o Mapa assinou um contrato com o Citibank, credenciando a instituição a operar os recursos do Funcafé na safra corrente. Conforme apuração do CNC, com a assinatura de mais esse contrato, o volume do Fundo disponibilizado a 31 agentes financeiros chega a R$ 5,318 bilhões, ou 93,1% do total de R$ 5,710 bi. A contratação do volume restante (R$ 392,5 milhões) depende da apresentação de demanda por parte do Santander, que tomou parcialmente seus recursos.

 

SAFRAS 2020 E 2021

Nesta semana, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou sua estimativa para a safra 2020 de café no Brasil, apontada pelo órgão em 61,7 milhões de sacas de 60 kg.

 

A produção de café arábica do Espírito Santo — maior produtor nacional de conilon — teve o crescimento mais expressivo para essa variedade, de 49,1% frente a 2019, saltando para 3,761 mi de sacas.

 

"Apesar do destaque em termos percentuais, o volume de arábica capixaba ainda é baixo no universo total de 48,3 mi de sacas da variedade produzidos em 2020. Entretanto, é válido enaltecer que o produto do Estado é dotado de altíssima qualidade", analisa Silas Brasileiro, presidente do CNC.

 

Segundo ele, a entidade segue no aguardo do anúncio do primeiro levantamento da safra 2021 da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), previsto para a próxima quinta-feira, 21 de janeiro (confira aqui).

 

"Com base nos números da estatal, poderemos ter uma avaliação quantitativa das perdas que ocorrerão devido ao impacto da estiagem e das altas temperaturas no cinturão produtor entre agosto e outubro de 2020, o que servirá de base para o desenho e a implementação de políticas necessárias para a proteção da renda dos cafeicultores", comenta.

 

Brasileiro pontua que o CNC pretende, àqueles produtores que sofrerem perdas significativas na safra 2021/22 em função das adversidades climáticas, apresentar, tempestivamente, as melhores propostas que viabilizem a recuperação de seus cafezais e a continuidade, de forma rentável, na atividade.

 

“O primeiro passo que demos nesse sentido foi o apoio ao pleito apresentado pelo presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Breno Mesquita, para a elevação do volume de recursos à linha de financiamento de Recuperação de Cafezais do Funcafé, que foi aprovado no final de 2020”, completa.

 

Contratos futuros do café se recuperam no mercado internacional
P1 / Ascom CNC
15/01/2021

Com fundamentos inalterados, cotações seguem oscilando com base em fatores técnicos e no dólar.

 

Os contratos futuros do café seguem dentro de intervalo recente, oscilando com base em fatores técnicos e no dólar. Nesta semana, o movimento foi de recuperação, à medida que a divisa norte-americana se desvalorizou frente ao real.

 

Não há alterações nos fundamentos, com os atores certos de uma menor oferta global da commodity em 2021, em especial por perdas no Brasil, que está em seu ciclo de baixa na bienalidade do café arábica.

 

Também há registros de perdas em nações cafeeiras da América Central, em função da passagem dos furacões Eta e Iota, e de possibilidade de quebra no Vietnã por causa de tufões que afetaram o país asiático.

 

Na Bolsa de Nova York, o vencimento mar/21 ascendeu 365 pontos no acumulado da semana até ontem, quando encerrou o pregão a US$ 1,2735 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento jan/21 do robusta fechou a US$ 1.324 por tonelada, acumulando alta de US$ 14 ante a sexta-feira passada.

 

O dólar encerra a semana acumulando três quedas consecutivas, negociado a R$ 5,2097, o que implica desvalorização semanal de 3,8% até o fechamento de ontem. A moeda recuou devido ao fluxo externo e à expectativa do anúncio do novo pacote fiscal do presidente eleito dos EUA, Joe Biden.

 

Na noite de quinta-feira, Biden anunciou o Plano de Resgate da América, que disponibilizará US$ 1,9 trilhão para aplicação em medidas de apoio direto aos mais diretamente impactados pela crise da Covid-19. Esse montante corresponde a aproximadamente 9% do PIB norte-americano.

 

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia aponta manutenção de temporais em grande parte dos Estados de São Paulo e Minas Gerais neste fim de semana. Há, ainda, risco de vendavais, grandes volumes acumulados, queda de granizo, além da possibilidade de inundações e deslizamentos de terra entre São Paulo, Minas e Rio de Janeiro.

 

No mercado físico, o café arábica registrou, ontem, seu maior valor nominal na série histórica do indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), que teve início em 1996. A variedade foi cotada a R$ 638,60/saca, avançando 2,1% na semana. O conilon caiu 0,5% no intervalo, valendo R$ 412,82/saca (Assessoria de Comunicação, 15/1/21)