CNC: Balanço Semanal de 15 a 19/2/2021
CNC reforça ações parlamentares em defesa da cafeicultura
Entidade se reuniu com gabinete do deputado Evair de Melo para intensificar apoio ao orçamento para pesquisa e à preservação do Funcafé
O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, reuniu-se, ontem (18), com Marcelo Araújo, chefe de gabinete do deputado federal Evair de Melo, vice-líder do Governo no Congresso Nacional, presidente das Frentes Parlamentares do Cooperativismo (Frencoop) e Mista do Comércio Internacional e do Investimento (FrenCOMEX) e vice da Bancada do Café, para debater o interesse da cafeicultura no orçamento anual da União.
Segundo Brasileiro, o objetivo foi tratar da apresentação de Emendas na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2021, com foco principal no desenvolvimento da pesquisa cafeeira, e também nas Propostas de Emenda Constitucional (PECs), visando à defesa dos recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé).
“Ontem, intensificamos a solicitação de apoio ao gabinete do vice-líder do Governo no sentido de ampliar os recursos para a pesquisa cafeeira na LOA 2021, os quais possibilitem a realização dos projetos conduzidos pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café, que devem necessitar de um somatório na casa dos R$ 15 milhões”, revela.
Em relação à preservação dos recursos do Funcafé, o presidente do CNC reforça que a entidade tem mantido contato com todos os parlamentares e, ontem, também ampliou o pleito ao deputado Evair de Melo no que se refere ao apoio para a preservação dos recursos do Fundo na tramitação das PECs 186, 187 e 188.
“Essas três propostas podem impactar a cafeicultura, em especial o Funcafé, que é o único instrumento de crédito e fomento exclusivo à atividade, beneficiando milhares de cafeicultores e as cooperativas de produção. Pedimos reforço parlamentar para que, na PEC 187, seja mantida a Emenda nº 21, desenvolvida pelo CNC, apresentada pelo senador Jorginho Mello e aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado em março de 2020”, conta.
Brasileiro completa que, no que se refere às PECs Emergencial (186) e do Pacto Federativo (188), que podem ter o relatório apresentado hoje (19) pelo senador Márcio Bittar, é fundamental a eliminação dos dispositivos que abrem a possibilidade de desvio dos superávits anuais do Funcafé para amortização da dívida pública federal.
“Apesar de haver a possibilidade, entendemos esse como um fato totalmente inconcebível, já que o Fundo, conforme implica a própria legislação, tem como finalidade única, e só pode ser usado para, financiar a cafeicultura brasileira, sendo imprescindível à política de renda ao setor e beneficiando milhares de cafeicultores e nossas dezenas de cooperativas de produção”, conclui.
RECUPERAÇÃO DE CAFEZAIS
Em relação aos recursos do Funcafé para a linha de Recuperação de Cafezais, o CNC apurou junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que, até hoje, quatro agentes assinaram contratos, totalizando uma demanda de R$ 32,817 milhões a esta finalidade. Desse total, dois já receberam R$ 20,317 milhões para repasses aos produtores afetados pela estiagem e as altas temperaturas, principalmente entre agosto e outubro de 2020.
“Seguimos acompanhando a participando do atendimento a esses cafeicultores que tiveram suas lavouras impactadas no ano passado para que possam ter condições de recuperar seus cafezais e permanecerem na atividade com renda. Recordamos, ainda, que é necessário que apresentem levantamento para lavrarem um laudo técnico da situação, já que essa é uma condição imposta pelo Manual de Crédito Rural”, conclui o presidente do CNC.
Até o último dia 11 de fevereiro, a liberação de recursos do Funcafé aos agentes financeiros, na safra 2020/21, subiu para R$ 3,825 bilhões, volume que representa 70% dos R$ 5,466 bilhões contratados pelas instituições. Para a temporada cafeeira atual, o Fundo dispõe de um orçamento total de R$ 5,710 bilhões.
CNC realizará AGO, que contará com palestra do presidente da OCB
Márcio Lopes de Freitas destacará perspectivas para agro e cooperativismo diante do novo comando no Congresso Nacional
O Conselho Nacional do Café (CNC) realizará, na próxima quinta-feira, 25 de fevereiro, Assembleia Geral Ordinária (AGO), de forma virtual, que contará com uma palestra do presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas, abordando as perspectivas para agronegócio e cooperativismo diante do novo comando no Congresso Nacional e a importância do fortalecimento institucional para a boa condução de políticas público-privadas aos segmentos desses setores.
A AGO virtual do CNC, que teve convite feito a todos os parlamentares com atuação voltada à cafeicultura, contará, ainda, com a participação do deputado federal Evair de Melo, vice-líder do Governo no Congresso Nacional, presidente das Frentes Parlamentares do Cooperativismo (Frencoop) e Mista do Comércio Internacional e do Investimento (FrenCOMEX) e vice da Frente Parlamentar do Café, que pontuará o cenário político para a atividade cafeeira e o setor cooperativista.
Também no encontro, serão analisadas a prestação de contas do Conselho no exercício financeiro de 2020 e a sugestão de orçamento para 2021. A entidade apresentará, ainda, o relatório de atividades do ano passado e uma agenda propositiva para este ano.
Após as considerações dos membros e conselheiros presentes, será feita a eleição ou a recondução dos representantes para o Conselho Diretor, do coordenador e do presidente executivo do CNC, que conduzirão a entidade de 22/03/2021 a 23/03/2023.
Preços do café vivem semana positiva nas bolsas internacionais
A oferta restrita e a resiliência na demanda vêm dando suporte aos futuros da commodity
Os contratos futuros do café subiram no acumulado da semana até ontem (18), nas bolsas internacionais, à medida que a oferta restrita e a resiliência na demanda vêm dando suporte, acima da pressão do mercado cambial.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento maio/21 encerrou a sessão de quinta-feira (18) a US$ 1,2930 por libra-peso, avançando 625 pontos na comparação com o fim da semana passada. Na ICE Europe, o vencimento março/21 subiu US$ 10 no intervalo, fechando a US$ 1.352 por tonelada.
O dólar comercial acumulou valorização de 1,24% frente ao real na semana, impulsionado por números negativos relacionados ao auxílio-desemprego nos Estados Unidos e em meio à discussão sobre o auxílio emergencial no Brasil. Ontem, a moeda fechou a R$ 5,441.
Em relação ao clima, há previsão de chuvas, hoje (19) e amanhã (20), em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Segundo a Somar Meteorologia, os acumulados prometem seguir elevados e com valores superiores a 80 milímetros nos Estados fluminense e capixaba e em parte do leste mineiro, região que deve ficar com chuvas fortes até o início de março.
No mercado físico, as cotações acompanharam a valorização internacional e também receberam suporte do avanço do dólar. Os negócios, contudo, seguiram calmos na semana, com retração vendedora e os feriados nos EUA e no Brasil.
Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) se situaram em R$ 683,70/saca para o arábica – recorde nominal da série iniciada em 1996 – e R$ 429,54/saca ao conilon, com ganhos, respectivamente, de 3,61% e 2,04% (Assessoria de Comunicação, 19/2/21)