26/11/2018

CNC: Balanço Semanal de 19 a 23/11/2018

CNC: Balanço Semanal de 19 a 23/11/2018

OIC busca parcerias para implantar Resolução 465

Documento trata da sustentabilidade econômica da cafeicultura frente à crise de baixos preços.


Em reunião extraordinária do Conselho Internacional do Café, realizada no dia 14 de novembro, em Londres, foi apreciado o plano de ação da Organização Internacional do Café (OIC) para a implementação da Resolução 465, que trata da sustentabilidade econômica da cafeicultura frente à crise de preços baixos.

A Resolução se embasa em quatro eixos de trabalho:

(i)                  Sensibilização e comunicação, com foco nos consumidores, envolvendo todos os participantes do setor cafeeiro para informar a realidade econômica na cafeicultura mundial decorrente da volatilidade dos preços;

(ii)                 Mobilização de diferentes participantes da cadeia global do café (empresas, associações e organismos internacionais) para o desenvolvimento de soluções que reduzam o impacto social e econômico dos baixos preços;

(iii)                Desenvolvimento de pesquisas e estudos, em parcerias com universidades e outras organizações afins, nos temas de volatilidade dos preços do café, custos de produção regionais e gestão de risco em nível de propriedade rural, assim como para desenvolver o crescimento do consumo como ferramenta de agregação de valor nos países produtores de café; e

(iv)               Fortalecimento da promoção do consumo do café como ponto central de todos os documentos e ações da OIC.

Segundo o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, para viabilizar a maior parte dessas ações, a OIC está buscando parcerias e fontes adicionais de recursos, pois seu orçamento atual não comporta sozinho a implantação integral da Resolução 465.

Procurando soluções para a questão orçamentária, na semana passada o Conselho Internacional do Café aprovou a Resolução 466, que estabelece diretrizes para resolver o problema dos Membros cujas contribuições à Organização se encontram em atraso persistente.

“Consideramos muito positivo o plano apresentado pela OIC para a implementação da Resolução 465, da qual o CNC participou ativamente da construção. É fundamental o foco no aumento do consumo de café nos países produtores como estratégia para viabilizar o equilíbrio entre a oferta e a demanda, única maneira para alcançarmos preços remuneradores”, conclui Brasileiro.

 

Entidades entregam carta sobre tabela do frete a Bolsonaro

Documento tem como objetivo sensibilizar o presidente eleito sobre a necessidade de revogar o tabelamento do frete.


Na terça-feira, 20 de novembro, o Conselho Nacional do Café (CNC) participou de uma iniciativa conjunta de 75 entidades representantes de diferentes segmentos econômicos do Brasil, que tem como objetivo sensibilizar o presidente eleito, Jair Bolsonaro, sobre a necessidade de revogar o tabelamento do frete.

O CNC é signatário da carta aberta ao futuro Governo, que trata dos riscos de desemprego, entrave no crescimento e insegurança jurídica em virtude da tabela de frete mínimo.

“Detalhamos como a tabela do frete impacta negativamente as cadeias produtivas e a economia brasileira como um todo, pois gera inflação e reduz a eficácia de planos de crescimento e geração de emprego”, explica o presidente do CNC, Silas Brasileiro.

 

CNC debate no IPA andamento do Projeto Carponis I

Intenção é criar o primeiro satélite de sensoriamento remoto óptico brasileiro a gerar imagens de alta resolução do território nacional.


Na terça-feira, 20 de novembro, o Conselho Nacional do Café (CNC) participou de reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) para discutir o andamento do Projeto Carponis I, em desenvolvimento pela parceria entre Força Aérea Brasileira (FAB) e Embrapa Territorial.

O Carponis I, com previsão de lançamento em 2021, será o primeiro satélite de sensoriamento remoto óptico brasileiro a gerar imagens de alta resolução de todo o território nacional. O papel da Embrapa será de definição e validação dos sensores e de distribuição das imagens para o uso civil.

Para Silas Brasileiro, presidente do CNC, esse projeto é estratégico também para a cafeicultura brasileira, pois facilitará avanços e atualizações do mapeamento do parque cafeeiro nacional, além do monitoramento das safras, com impacto positivo no aprimoramento das estatísticas do café.

“O grande diferencial será o menor custo, já que a FAB compartilhará com todo o governo do Brasil o banco de imagens do Carponis I. Atualmente, as imagens de alta resolução são compradas de outros países”, explica.

Brasileiro conclui que o CNC continuará trabalhando no âmbito do Instituto Pensar Agro (IPA) para garantir a aprovação de recursos orçamentários para o andamento deste projeto dentro do cronograma previsto pela FAB.

 

Mercado do café cai em semana esvaziada

Feriado de Ação de Graças nos EUA diminuiu liquidez; aversão ao risco pressionou as cotações.


Em uma semana esvaziada e de pouca volatilidade em função do feriado do Dia de Ação de Graças, ontem, nos Estados Unidos, os preços do café recuaram nos mercados internacionais em meio ao ambiente externo de aversão ao risco.

O mercado acionário norte-americano se mostrou negativo, em especial por causa dos papéis de tecnologia e dos varejistas, com balanços trimestrais abaixo do esperado. A queda do petróleo também pressionou as outras commodities.

Na Bolsa de Nova York, o contrato "C" com vencimento em março de 2019 recuou 220 pontos, cotado a US$ 1,1410 por libra-peso. Na ICE Europe, o vencimento janeiro de 2019 do café robusta encerrou o pregão de ontem a US$ 1.610 por tonelada, com declínio semanal de US$ 36.

O dólar comercial voltou a se valorizar frente ao real devido à continuidade do fluxo de saída de investidor estrangeiro do Brasil, que foi motivada pela percepção de uma piora do clima de negócios em âmbito global. A divisa fechou ontem a US$ 3,8067, com valorização de 1,8%.

Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que a combinação de um sistema de baixa pressão atmosférica com a umidade vinda do Norte forma nuvens carregadas e gera precipitações sobre a Região Sudeste.

No mercado físico, os preços acompanharam o ritmo internacional e se desvalorizaram, com os agentes se mantendo afastados das negociações. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ 438,82/saca e a R$ 330,00/saca, com desvalorizações de 0,5% e 1,3% respectivamente (Assessoria de Comunicação, 23/11/18)