CNC: Balanço semanal de 22 a 26/3/2021
Comitê busca cafeicultura sustentável, competitiva e integrada
Membros do CNC desenvolverão trabalhos para promover suas ações sustentáveis ao mercado internacional e consumidores interno.
O Conselho Nacional do Café (CNC) instalou o seu Comitê de Sustentabilidade, na segunda-feira, 22 de março, através de reunião virtual. A atividade integra o Plano de Ação 2021 da entidade e visa à busca por uma cafeicultura competitiva, sustentável e integrada.
“Em um setor competitivo, contando com a visão dos produtores, que possuem raízes cooperativistas e também são verdadeiros empresários rurais, pretendemos trazer uma estrutura diferenciada para o CNC e possibilitar um ambiente de intercooperação para a construção dos posicionamentos do Conselho relacionados às matérias da sustentabilidade”, conta o presidente Silas Brasileiro.
Os membros do Comitê pontuaram que as atenções devem estar voltadas aos trabalhos que já são desenvolvidos pelos membros do CNC, de acordo com os códigos sustentáveis que aplicam, e, através disso, iniciar um processo de comunicação positiva da sustentabilidade dos cafés do Brasil, com foco nos consumidores internos e internacionais.
Também se orientou a necessidade de o Comitê de Sustentabilidade possuir interface com o Comitê de Comunicação – ainda a ser instalado – e com as demais entidades da cadeia produtiva, de maneira que sejam comunicadas, através dos canais de comunicação e redes sociais, as atividades do setor como um todo e não se foque em comunicação de cada entidade.
A atenção sobre o retorno financeiro, o valor agregado aos produtores, dos investimentos feitos em programas de sustentabilidade, o foco na divulgação da cafeicultura sustentável também ao consumidor brasileiro, além dos internacionais, e a atenção com o cafeicultor, para que possa otimizar os processos de sua produção também estão no foco das atividades.
Como encaminhamentos, foi eleito, por aclamação, Alexandre Vieira Costa Monteiro, da Cooxupé, como coordenador do Comitê de Sustentabilidade do CNC. Na sequência, criou-se um grupo em app de mensagens por celular para facilitar a comunicação entre os membros.
Para o presidente da entidade, Silas Brasileiro, os trabalhos do comitê permitirão mais aproximação e um melhor atendimento às demandas dos produtores e, consequentemente, a implantação de ações mais tangíveis aos cafeicultores. “Nosso trabalho sempre tem como objetivo a valoração do trabalho do agricultor, buscando sempre maior rentabilidade aos seus trabalhos”, destaca.
Além do coordenador, o Comitê de Sustentabilidade é composto por Antônio de Almeida Cascelli (Coapeja); Edson Guerrero (Cooxupé); Fabricio Freitas Alves (Minasul); Fernanda Marin Permanhane (Coopbac); João Elvidio Galimberti (Coopeavi); Rafael Furtado Fonseca (Coomap); Regis Damasio Salles (Monteccer); Simão Pedro de Lima (Expocaccer); Vanusia Nogueira (BSCA); além do presidente e da assessora técnica do CNC, Silas Brasileiro e Silvia Pizzol.
Aversão ao risco pressiona cotações internacionais do café
Crescentes restrições no mundo, provocadas pela pandemia de Covid-19, gera incertezas sobre consumo e direciona investidores ao dólar
Os contratos futuros do café recuaram nas bolsas internacionais nesta semana, sob pressão de movimentos técnicos, que mantém as cotações do arábica abaixo de US$ 1,30 desde o último dia 18 de março, e pelo ambiente de aversão ao risco, com as crescentes restrições no mundo provocado pela pandemia, apesar do avanço da vacinação, que colocam em cheque a retomada do consumo.
Na Bolsa de Nova York, o vencimento mai/2021 encerrou o pregão de ontem a US$ 1,266 por libra-peso, com perdas de 240 pontos no acumulado semanal. Na ICE Europe, o vencimento mai/2021 do café robusta caiu US$ 15 no intervalo, ficando cotado a US$ 1.365 por tonelada.
O desempenho do dólar comercial também exerceu pressão sobre os futuros do café. O suporte veio do movimento de investidores, que buscaram a segurança da divisa norte-americana diante da intensificação da pandemia da Covid-19 na Europa. Ontem, a moeda encerrou a sessão a R$ 5,671, com alta de 3,4% frente à sexta-feira da semana passada.
Em relação ao clima, a Somar Meteorologia informa que, a partir de segunda-feira (29), uma frente fria se forma e traz fortes chuvas para o Estado de São Paulo. De terça-feira (30) até o fim de semana, o serviço prevê avanço das instabilidades, o que ocasionará temporais e grandes acumulados nas áreas paulistas e em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
No mercado físico, a queda internacional também pesou, sobrepondo-se sobre o impulso do dólar, o que manteve os negócios calmos. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 716,43/saca e R$ 444,96/saca, respectivamente, com variações de -1,1% e 0,3% (Assessoria de Comunicação, 26/3/21)