CNC: Balanço Semanal de 24 a 28/9/2018
Liberação de recursos do Funcafé ultrapassa R$ 3 bilhões
Volume repassado corresponde a 67% dos recursos contratados até o momento pelos agentes financeiros.
Conforme apuração do Conselho Nacional do Café (CNC) junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o volume de recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) repassado aos agentes financeiros, com data de referência de 21 de setembro, subiu para R$ 3,024 bilhões, representando 67% dos R$ 4,510 bilhões contratados pelas instituições até o momento.
Do montante recebido pelos bancos e cooperativas de crédito, R$ 1,263 bilhão foi destinado para a linha de Estocagem; R$ 638,6 milhões ao Financiamento para Aquisição de Café (FAC); R$ 577,5 milhões para Custeio; e R$ 544,9 milhões para as linhas de Capital de Giro (R$ 250,6 milhões para Cooperativas de Produção, R$ 162,3 milhões para Indústrias de Torrefação e R$ 132 milhões para o setor de Solúvel).
Frente ao cenário de preços atualmente defasados, o presidente do CNC, Silas Brasileiro, orienta que produtores e cooperativas tomem seus créditos para ordenar melhor a comercialização. “É necessário planejarmos nossas vendas ao longo dos 12 meses do ano cafeeiro, aproveitando os cenários de alta que o mercado oferece. Nesse sentido, os recursos do Funcafé são fundamentais para que possamos honrar os compromissos pontuais e não nos vermos obrigados a negociar o café a cotações que mal cobrem, quando cobrem, os custos de produção que temos”, indica.
Brasil realiza série de ações para celebrar o Dia Internacional do Café
País é o maior produtor e exportador global e ocupa a segunda posição no consumo.
O café, mais do que uma paixão nacional, é fonte de milhões de dólares em renda e de mais de oito milhões de empregos anualmente no Brasil. O produto tem seu dia internacional, que será celebrado em 1º de outubro, e o país, por meio do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em parceria com as entidades do setor privado, realizará uma série de ações para comemorar a data.
Na Sala Brasília do Palácio do Itamaraty, a partir das 15h, o Brasil recepcionará cerca de 250 pessoas, entre lideranças da cadeia produtiva, embaixadores das principais nações compradoras e parceiros do país na cafeicultura para realizar a celebração da data.
Serão servidos cafés das diversas origens produtoras nacionais, preparados nas formas de espresso e filtrado pelo campeão brasileiro de baristas, Thiago Sabino, além de pronunciamentos das autoridades de Estado presentes no evento. Também ocorrerá a cerimônia de Premiação dos Melhores da Qualidade ABIC 2018, que destaca a excelência dos Cafés do Brasil, distinguindo as melhores marcas e produtos certificados no Programa de Qualidade do Café.
A celebração será realizada entre amigos, comunidade cafeeira, compradores dos cafés brasileiros e integra a agenda anual de ações do Brasil em comemoração ao Dia Internacional do Café, atendendo a uma solicitação da Organização Internacional do Café (OIC) para que as celebrações ocorram nas nações cafeeiras de todo o mundo.
No exterior, o serviço diplomático do Brasil também realizará atividades para celebrar o Dia Internacional do Café e promover o produto do país. A data será comemorada nas Embaixadas de Abu Dhabi, Paris, Londres – em colaboração com a delegação nacional junto à OIC –, Berlim, Moscou, Seul e Tóquio, além dos Consulados em Miami, Nova York, Los Angeles, Xangai e Sydney. Serão oferecidos à degustação cafés nacionais de diversas origens produtoras, além de transmitidas informações sobre a sustentabilidade da cafeicultura brasileira.
O ato comemorativo conta com a participação da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) e do Conselho Nacional do Café (CNC).
CAFÉ NO BRASIL
Presente em território nacional há quase 300 anos, o café foi responsável pelo processo de industrialização e modernização do país, gerando, atualmente, mais de oito milhões de empregos na cadeia produtiva e movimentando, como Valor Bruto de Produção, R$ 24,3 bilhões neste ano.
O Brasil é a maior nação cafeeira do mundo, liderando os rankings internacionais de produção e consumo, além de ser o segundo maior consumidor do planeta. Em 2018, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os brasileiros deverão produzir 59,9 milhões de sacas de 60 kg. A exportação do produto é projetada em 35 milhões de sacas e o consumo interno em 22 milhões de sacas.
SERVIÇO
Comemoração do Dia Internacional do Café
Data: 1º de outubro de 2018, a partir das 15h
Local: Palácio do Itamaraty – Sala Brasília
Credenciamento: ascom@bsca.com.br
Enfraquecimento do dólar diminui perdas do café
Divisa norte-americana se desvalorizou ante o real e fechou abaixo de R$ 4 na quinta-feira.
A oscilação do dólar comercial continua dando direcionamento ao mercado cafeeiro. Nesta semana, com a perda de força da moeda norte-americana, os futuros do arábica recuperaram boa parte das quedas anteriores e os do robusta avançaram.
Em Nova York, o vencimento dezembro do contrato "C" encerrou a sessão de quinta-feira a US$ 0,9930 por libra-peso, com leve recuo de 60 pontos. Na ICE Europe, o contrato novembro subiu US$ 23, negociado a US$ 1.512 por tonelada.
Ontem, a divisa fechou abaixo de R$ 4, com o fluxo estrangeiro sendo positivo para o mercado nacional. Ao término dos negócios, a moeda foi comercializada a R$ 3,9943, com desvalorização semanal de 1,3%.
Internacionalmente, porém, o dólar subia com as preocupações relacionadas ao embate comercial entre EUA e parceiros como China e Canadá, além de indicadores econômicos norte-americanos favoráveis à apreciação da divisa.
No Brasil, com a colheita da safra 2018 praticamente encerrada, os produtores voltam sua atenção para o clima, esperando que ocorram chuvas significativas para a formação e manutenção das floradas.
Contudo, a Somar Meteorologia informa que, no começo de outubro, as precipitações passam a perder intensidade na Região Sudeste, com pancadas de chuva generalizadas continuando apenas no Estado de São Paulo.
Com a queda do dólar na semana, os agentes permaneceram afastados do mercado físico, o que tem dificultado negócios no spot. Em relação aos preços, a saída de compradores da praça e a desvalorização da divisa norte-americana exercem pressão.
Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon foram cotados a R$ a 404,51/saca e a R$ 316,92/saca, com quedas de 1,3% e 0,4% respectivamente (Assessoria de Comunicação, 28/9/18)