CNC: Balanço Semanal de 6 a 10 de Dezembro de 2021
Programa piloto de sustentabilidade e vanguarda na cafeicultura é lançado oficialmente
Contando com a presença de representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA, da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/MG) e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura – IICA, foi lançado oficialmente nesta quarta-feira, 08/12, o Programa “Café Produtor de Água”.
O projeto sugerido será gerido pelo Conselho Nacional do Café (CNC) e, incialmente, será implantado nas lavouras de produtores associados da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé – Cooxupé.
Um novo marco para a cafeicultura sustentável nacional. O Programa “Café Produtor de Água” tem sido assim considerado por produtores, cooperativa, associações e demais entes da cadeia produtiva.
O programa visa atender ao princípio da sustentabilidade, que atualmente é discutido com a sociedade como meio de preservação da vida, pois dentre os bens mais destacados tem-se como o principal, a preservação dos nossos mananciais. O “Café Produtor de Água” busca viabilizar a implementação de práticas e manejos conservacionistas e de melhoria da cobertura vegetal, que contribuam para o abatimento efetivo da erosão e da sedimentação, e para o aumento da infiltração de água no solo.
Responsabilidade compartilhada
Não há outro tema mais em evidência na atualidade do que sustentabilidade. Porém, ela tem um custo, o qual não pode ser suportado exclusivamente pelos produtores de café. A água beneficia não só a área rural, mas também a urbana, gera vida e bem-estar, direta ou indiretamente, não só no Brasil, mas em todo o mundo.
O tema share responsability, responsabilidade compartilhada, é uma prática justa e que vem sendo muito debatida pela sociedade. Essa atitude proporciona a criação de cadeias de abastecimento globais, verdadeiramente sustentáveis, baseados em uma abordagem de responsabilidade compartilhada para que os custos e benefícios da certificação sejam distribuídos de maneira mais uniforme entre os agricultores e compradores ao longo da cadeia de abastecimento.
Proposta do programa
O programa terá um fundo próprio que irá proporcionar o “Pagamento por Serviço Ambiental (PSA)”, que será gerido pelo CNC. As entidades envolvidas estão em busca de parcerias com instituições públicas e privadas afim de colocar em prática as ações propostas.
“Essas parcerias irão dar suporte na implantação do projeto e gratificação dos produtores que aderirem ao programa, considerando a participação dos governos estaduais, municipais, estatais, empresas privadas e, claro, nossas cooperativas”, explica Silas Brasileiro.
A razão do fundo é exatamente beneficiar os produtores que decidirem fazer parte do programa. Embora seja conservacionista é de livre adesão. Para isso, conta com um assessor técnico, Devanir Garcia dos Santos, que com sua experiência e conhecimento fará diagnósticos sobre a implantação, assim como o levantamento dos custos que serão compartilhados com os órgãos interessados na preservação do meio ambiente.
Primeiro, o recurso vai bancar a implantação do projeto de recuperação de bacias, mananciais, estruturação de estradas que provoquem assoreamento de rios e córregos, recomposição de matas ciliares devastadas ao longo do tempo, além da recuperação de açudes, entre outros.
O CNC, como representante das cooperativas de produção, busca liderar esse projeto de alcance social e ambiental. O mundo todo se preocupa com o abastecimento do café, desta bebida tão consumida e apreciada por todos, inclusive com sua qualidade.
“Temos claro que os benefícios advindos do uso das boas práticas ultrapassam as fronteiras das propriedades rurais, gerando ganhos para a sociedade, é justo que os custos de produção desses benefícios sejam também divididos com os seus usuários, proporcionalmente a parcela de benefícios que cada um se apropria”, analisa Silas Brasileiro, presidente do CNC.
É importante destacar que o projeto nasceu dentro do Comitê de Sustentabilidade do CNC, que é conduzido por representantes de todas as cooperativas associadas e com coordenação técnica do conselho, por parte da assessora técnica, Natalia Carr. “Ao estruturar um programa com viés ambiental e econômico, o CNC adota uma postura de vanguarda para contribuir com a sustentabilidade da cafeicultura brasileira. Assim, demonstra a contribuição ambiental que o segmento pode dar a população brasileira e, consequentemente, ao mundo, produzindo água e café de qualidade”.
Para o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, as cooperativas e associações devem colaborar no processo de disseminação do projeto que, segundo ele, deve remunerar o produtor. “Precisamos alavancar, divulgar e conscientizar nossos cooperados quanto a importância do programa. Devemos levar isso pra o mundo, criar, inclusive, uma cultura de premiação para os produtores que adotarem o projeto”, destacou.
CNC divulga finalistas da 3ª edição do Prêmio Café Brasil de Jornalismo “Dr. Carlos Alberto Paulino da Costa”
O Conselho Nacional do Café (CNC) divulgou nesta sexta-feira, 10, os cinco finalistas da 3ª edição do Prêmio Café Brasil de Jornalismo. O concurso tem o propósito de valorizar os veículos e as pessoas que divulgam o precioso café brasileiro, tanto no Brasil, quanto no mundo.
Em 2021, o prêmio recebe o nome do “Dr. Carlos Alberto Paulino da Costa”, presidente da Cooxupé por quatro mandatos consecutivos, e atual membro do Conselho de Administração da cooperativa. Em um ano de tantas dificuldades o tema não poderia ser diferente: Desafios da Produção de Café no Brasil.
Estão classificadas as seguintes reportagens (por ordem alfabética do nome do jornalista):
- Bruno Silveira – Canal Terra Viva
Reportagem: “Em Minas Gerais, agricultores conseguem dobrar produção de café com orientações da ATeG do Senar” - Giuliana Bastos – PDG Brasil
Reportagem: “Os impactos da geada no café do Brasil” - Júlio Huber – Revista Negócio Rural
Reportagem: “Café com sabor da garra feminina” - Lívia Andrade – Revista Globo Rural
Reportagem: “O Café ABC de Minas Gerais” - Ricardo Medeiros – A Gazeta
Reportagem: “Campo evolui sob o comando das novas gerações na agricultura capixaba”.
O anúncio dos ganhadores e a entrega da premiação acontecerá durante a cerimônia de reinauguração do escritório de representação do CNC em São Paulo (SP), no dia 16/12 às 11 horas, no prédio da Superintendência Federal de Agricultura de São Paulo.
Lançado oficialmente o nome de Vanusia Nogueira como candidata brasileira à OIC
Candidata é diretora executiva da BSCA e conselheira do Conselho Nacional do Café (CNC)
Em reunião na tarde desta segunda-feira, 06, o Itamaraty, através do Embaixador Fernando Simas Magalhães – Secretário Geral de Relações Exteriores, ratificou a indicação de Vanusia Nogueira, diretora da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), como candidata do país para a diretoria executiva da Organização Internacional do Café (OIC), junto aos embaixadores representantes dos países produtores e consumidores. O nome de Vanusia foi apresentado no início do ano pelo Governo Brasileiro e pelo Conselho Nacional do Café (CNC).
O início das avaliações dos candidatos aconteceu no dia 1º de setembro, data da reunião da OIC, momento em que os países membros analisaram a capacidade, experiência e emitiram seus pareceres sobre os concorrentes, e acatou a candidatura da brasileira. Vanusia poderá substituir o atual Diretor Executivo da instituição, o também brasileiro José Sette.
Vanusia Nogueira tem longa caminhada na cafeicultura. É muito conhecida no universo do café e se destaca pela sua firme postura diante dos desafios. “Realmente é um nome de consenso. O CNC acredita na eleição de Vanusia, que é muito competente, e será fundamental na representação dos interesses da cafeicultura mundial”, analisa Silas Brasileiro, presidente do CNC.
Sobre a OIC
A Organização Internacional do Café (OIC) é a principal entidade intergovernamental para o café, reunindo governos exportadores e importadores para enfrentar os desafios do setor cafeeiro mundial por meio da cooperação internacional. Seus Governos Membros representam 98% da produção mundial de café e 67% do consumo mundial.
A missão da OIC é fortalecer o setor cafeeiro global e promover sua expansão sustentável em um ambiente de mercado para o aperfeiçoamento de todos os participantes do setor.
A OIC foi estabelecida em Londres em 1963, sob os auspícios das Nações Unidas, devido à grande importância econômica do café. Administra o Acordo Internacional do Café (AIC), importante instrumento de cooperação para o desenvolvimento. O último Acordo, o AIC de 2007, entrou em vigor em 2 de fevereiro de 2011.
Sobre a direção executiva
O diretor-executivo tem uma gestão de cinco anos, não podendo se reeleger. “Para o Brasil, os acordos internacionais são fundamentais para que a cooperação mundial atue estrategicamente. Estamos no país que é o maior produtor de café do mundo, e como representantes da produção, sabemos valorizar a indústria e a exportação, mas nunca se esquecendo que a produção é o primeiro passo”, finaliza Silas Brasileiro.
Os contratos futuros de café arábica encerram semana tecnicamente pressionados na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). O vencimento março/22, o mais negociado, chegou a marcar máxima de 250,20 centavos de dólar por libra-peso, mas não houve sequência de ganhos. O mercado devolveu a valorização e marcou ontem (quinta-feira) mínima de 238,75 cents.
Os contratos futuros de café robusta na Bolsa de Londres (ICE Futures Europe) não acompanharam a queda de Nova York. Ontem (9), apesar do vencimento janeiro/22 ter recuado U$$ 8,00 (0,33%), a US$ 2.401 a tonelada, os demais subiram. O contrato para março/22 ganhou 11 dólares, encerrando US$ 2.306 a tonelada.
O vencimento janeiro/21, na Bolsa de Nova York, fechou a US$ 2,4035 centavos de dólar por libra-peso, apresentando variação semanal negativa de 370 pontos. Na ICE Europe, o vencimento janeiro/22 do café teve alta de US$ 15,00, fechando a sessão desta quinta-feira (09) a US$ 2.401,00 por tonelada.
Depois de duas expressivas quedas consecutivas, o dólar à vista subiu ontem (quinta-feira), encerrando a R$ 5,573, em alta de 0,70%. Apesar do avanço, a moeda norte-americana ainda acumula desvalorização de 1,87% na semana.
No mercado físico, os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) informam que as cotações domésticas do café arábica e do robusta tiveram comportamento distinto nesta quinta-feira (9).
Segundo os pesquisadores, as cotações do arábica recuaram, influenciadas pela baixa dos futuros da variedade no mercado internacional. Os negócios continuam lentos no spot nacional, porém, om a alta do dólar e dos preços internacionais e a retração de vendedores no Brasil, os preços do robusta subiram nesta quinta-feira (9).
Os indicadores calculados pela instituição para as variedades arábica e robusta se situaram em R$ 1.471,59 por saca e R$ 839,81 por saca, respectivamente, com variações semanais de 0,03% e 0,64% (Assessoria de Comunicação, 10/12/21).