Consecana recua e novo modelo de preços ao produtor de cana sai da agenda
A proposta da Orplana discutida com os outros entes do Consecana estava encaminhada, mas a agenda foi postergada por pressão das usinas, e não há muitas perspectivas de que venha ser aplicada tão cedo. Fornecedores independentes estão apreensivos, diante de mais uma safra passada de baixa remuneração, necessidades de investimentos paradas e uma temporada 18/19 que promete ser menor dos que as 65 mi/t dos produtores do Centro-Sul colhidas na 17/18.
Embora o esmagamento já esteja ocorrendo em alguns locais, o dia 2 de abril marca o início oficial da temporada 2018/19 da cana de açúcar no Centro-Sul brasileiro.
Eduardo Vasconcellos Romão, presidente da Orplana, conta que a preocupação com a seca persistente em algumas regiões pode influenciar nos números a serem obtidos nesta temporada. A resolução do RenovaBio, assinada pelo Governo Federal, auxilia o setor neste sentido, mas as dificuldades estão no estabelecimento do Consecana.
O Consecana é um projeto que envolve um colegiado de 33 lideranças representativas de toda a cadeia que vista colocar preços mais justos para o mercado, se distanciando do estabelecimento de valores a partir do ATR. Contudo, houve um retrocesso nessas negociações.
Havia uma expectativa para que essa nova forma de remuneração pudesse ter início nessa safra, o que não deve ocorrer. Agora, o Consecana está reformulando as ideias e apresentando novamente seus pleitos.
A expectativa é que essa safra seja menor do que a do ano passado, que rendeu 65 milhões de toneladas. Para Romão, a gestão, a sustentabilidade e a eficiência são fatores fundamentais para guiar essa temporada (Notícias Agrícolas, 3/4/18)