04/12/2023

COP28: Hidrogênio, biocombustíveis e captura são negligenciadas

COP28: Hidrogênio, biocombustíveis e captura são negligenciadas

Darren Woods, presidente da gigante petroleira ExxonMobil. Foto: Carlos Barria/Reuters

 

Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, Darren Woods, CEO da ExxonMobil criticou o excesso de foco na COP28 em relação a energias renováveis.

O presidente da gigante petroleira ExxonMobil, Darren Woods, criticou o foco das negociações sobre as mudanças climáticas na COP-28 em relação à transição energética estarem atreladas apenas às “soluções elétricas”. Em entrevista ao jornal britânico Financial Times, o executivo afirmou que as discussões sobre o tema têm negligenciado as possibilidades em torno dos biocombustíveis, do hidrogênio e sobre as tecnologias de captura de carbono.

O executivo da petroquímica participará pela primeira vez da Cúpula do Clima da ONU (COP-28), realizada este ano em Dubai, nos Emirados Árabes, junto de nomes como o rei Charles, o papa Francisco e membros da comunidade internacional que buscam soluções para os avanços do aquecimento global.

 

Além do CEO da ExxonMobil, executivos ligados ao petróleo como Vicki Hollub, da Oxy, Claudio Descalzi, da ENI, e Markus Krebber, da RWE, também marcarão presença na conferência do clima.

“A transição não se limita apenas a energia eólica, solar e veículos elétricos. A captura de carbono terá um papel importante. Somos bons nisso. Sabemos como fazer isso e podemos contribuir. O hidrogênio terá um papel importante. Os biocombustíveis terão um papel importante”, disse Woods na entrevista.

 

Woods criticou o que chamou de excesso de “ênfase” no fim dos combustíveis fósseis, j que durante os primeiros dias da conferência, ativistas do clima pedem por metas de eliminação do uso de combustíveis fosseis em reuniões com líderes globais e empresários. Segundo o executivo, nem todos os países poderão extinguir totalmente o uso desta matriz energética, o que os levará a compensar as emissões de gases do efeito estufa na atmosfera (Estadão, 3/12/23)