Cosan: Lucro cai 38% no 1º tri com efeito de alta dos juros sobre despesas
COSAN 1- DIVULGACAO
O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização cresceu 4,8% no trimestre, para 2,7 bilhões de reais.
A Cosan reportou lucro líquido de 510,2 milhões de reais no primeiro trimestre, uma queda de 38,4% ante o mesmo período do ano anterior, em função do aumento nas despesas financeiras em todos os negócios do grupo, seguindo a alta da taxa de juros, disse a empresa ontem (13).
O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) cresceu 4,8% no trimestre, para 2,7 bilhões de reais.
Segundo a companhia, o melhor desempenho operacional da Rumo, impulsionado pela expansão dos volumes transportados, e da Compass, sustentado pela contínua evolução da Comgás e pelo início da consolidação da Sulgás, compensaram a menor concentração de vendas de renováveis e açúcar no trimestre que encerrou a safra 2021/22 para a Raízen.
“Vale destacar que a execução consistente frente aos desafios enfrentados levou a Raízen a alcançar Ebitda ajustado recorde de 10,7 bilhões de reais no ano-safra (+20% em base pró-forma)”, disse a Cosan no balanço.
A Raízen, joint venture entre a Shell e Cosan listada na B3, atingiu no primeiro trimestre deste ano um Ebitda ajustado pró-forma de 1,8 bilhão de reais (-30%), reflexo principalmente do menor volume vendido na área de Renováveis e Açúcar.
“Este efeito foi resultado da combinação de estratégia comercial, que deslocou parte dos estoques para o ano seguinte, e menor disponibilidade de produtos em decorrência dos severos impactos climáticos que afetaram os canaviais”, afirmou a Cosan.
As vendas de açúcar recuaram 14,2% de janeiro a março, para 1,95 milhão de toneladas, enquanto a comercialização de etanol subiu 2,7% para 1,66 bilhão de litro (Reuters, 13/5/22)
Raízen tem lucro 48% menor no trimestre, mas sinaliza melhora para 2022/23
A Raízen informou na noite de sexta-feira (13) que registrou uma queda de 48% do lucro em seu quarto trimestre fiscal, mas projetou crescimento para o atual ano safra.
A companhia reportou lucro líquido ajustado de R$ 209,7 milhões no período, bastante abaixo da estimativa de analistas compilada pela Refinitiv de R$ 708,2 milhões.
Já a receita operacional líquida cresceu 50,1% na comparação anual, indo a R$ 53,5 bilhões e superando a expectativa de R$ 46,9 bilhões.
A Raízen também informou que espera atingir lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) na faixa de R$ 13 a 14 bilhões durante o ano safra 2022/23, iniciado em abril.
A projeção, que é superior aos R$ 10,7 bilhões reportados no ano anterior, é embasada no "aumento dos volumes de venda de todos os produtos", além de preços melhores para etanol, bioenergia e açúcar.
Os investimentos previstos para o período devem ficar entre R$ 10,5 bilhões e R$ 12 bilhões. A maior parte deste valor –entre R$ 8,5 bilhões e R$ 9 bilhões– deve ser alocado em sua divisão de renováveis e açúcar.
"Os maiores dispêndios estão alinhados ao ciclo de expansão da companhia, com projetos majoritariamente focados na expansão do portfólio de renováveis," disse a Raízen em comunicado ao mercado (Reuters, 13/5/22)