20/04/2020

Cosan não vê impactos de coronavírus em açúcar, mas sofre em combustíveis

Cosan não vê impactos de coronavírus em açúcar, mas sofre em combustíveis

As vendas de açúcar da Raízen Energia na safra 2020/21 não sofreram impactos relevantes da crise do coronavírus, uma vez que foram feitas antes de a epidemia se alastrar, disse nesta sexta-feira a Cosan, que sofreu, por outro lado, efeitos da queda na demanda por combustíveis.

Joint venture da Cosan com a petroleira Shell, a Raízen é a maior produtora global do adoçante, além de ser o maior player de etanol de cana. A empresa também tem uma unidade de distribuição de combustíveis, que está entre as principais do Brasil.

“No açúcar, as vendas já haviam sido contratadas para a safra 2020/21 que acaba de iniciar, não tendo apresentando impactos relevantes na sua programação de comercialização”, afirmou o grupo em nota ao mercado.

Já no etanol, a companhia viu uma redução nas vendas, em linha com a menor demanda por combustíveis, pontuou a Cosan.

A companhia apresentou um levantamento dos impactos do coronavírus desde o início das medidas de isolamento social, há aproximadamente quatro semanas, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

As vendas da Raízen Combustíveis no ciclo otto (gasolina e etanol) chegaram a cair 50%, enquanto no diesel a retração foi de 25%, afirmou a Cosan.

“Já no segmento de aviação, a demanda segue impactada pela redução das malhas operadas por seus principais clientes, chegando a cair até 80%.”

Outra empresa do grupo Cosan, a Comgás já observou uma redução na demanda por gás natural no segmento industrial de até 40%, concentrada em alguns setores da indústria que suspenderam ou reduziram suas atividades.

No segmento comercial, a demanda por gás vem apresentando retração de até 60%, enquanto no segmento residencial observa-se expansão da demanda em cerca de 10% em função da restrição da circulação dos indivíduos.

No caso da Moove, a empresa viu uma redução média da demanda por lubrificantes de cerca de 50% nas últimas semanas, no Brasil e nos demais países de atuação.

“Cabe reiterar que se tratam de indicativos preliminares, que tem apresentado evolução diária, à medida que o cenário de isolamento se altera, estando ainda sujeitos a alterações em função da evolução da pandemia nas próximas semanas.

A Cosan ressaltou ainda que tem adotado cautela em suas ações e tomado as medidas necessárias para garantir a preservação da saúde, integridade e segurança de seus colaboradores, garantindo a continuidade de suas operações essenciais (Reuters, 17/4/20)