CTC regista lucro de R$ 18,7 milhões no primeiro trimestre safra 20/21
Legenda: Dados de produtividade apurados pela companhia indicaram um rendimento médio de 85,9 toneladas de cana-de-açúcar por hectare para a lavoura colhida no acumulado desde o início da safra 2020/2021. - Foto: Wenderson Araujo/CNA
O CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), listado no segmento BOVESPA Mais (CTCA3) da B3, teve um lucro líquido de R$ 18,7 milhões no primeiro trimestre safra 20/21 (1T21), um aumento de 149,7% em relação ao mesmo período do ano passado. O EBITDA da companhia atingiu R$ 35,1 milhões, um crescimento de 100,2% sobre o 1T20, o que representou uma margem EBITDA de 54,3%, ante 35,5% no ano passado. A expansão do lucro e do EBITDA decorreu, principalmente, do aumento de 30,9% da receita líquida do CTC, que chegou a R$ 64,2 milhões, além da redução de custos. O crescimento da receita no período foi impulsionado pela ampliação de market share de plantio (de 34% para 36%), assim como à maior participação de variedades premium que proporcionam maior produtividade aos clientes.
Dados de produtividade apurados pela companhia indicaram um rendimento médio de 85,9 toneladas de cana-de-açúcar por hectare para a lavoura colhida no acumulado desde o início da safra 2020/2021. Esse índice é 1,6% superior aquele observado no mesmo período do último ciclo agrícola. Em relação a qualidade da matéria-prima, no acumulado desde o início da safra até 16 de julho a concentração de ATR (Açúcar Total Recuperado) por tonelada de matéria-prima colhida atingiu 132,91 kg, contra 126,35 kg no ciclo 2019/2020.
De acordo com as últimas análises de mercado publicadas (Única e Rabobank / julho de 2020), a quantidade de cana-de-açúcar processada pelas usinas e destilarias do Centro-Sul totalizou 275,95 milhões de toneladas, aumento de 6,52% na comparação com o valor apurado em igual período no último ano (259,05 milhões de toneladas). Para 2020, o Brasil deverá voltar para a posição de dominância do mercado de açúcar, aumentando a sua participação por volta de 10%. A estimativa é que o Brasil responderá por 44% das exportações globais de açúcar este ano.
“Neste trimestre, mantivemos nossa estratégia de acelerar os ganhos de participação de mercado de nossas variedades premium e com nossas variedades geneticamente modificadas, além de assegurar progressos no desenvolvimento de nossas plataformas tecnológicas, como variedades transgênicas, sementes e edição genômica”, afirmou o CEO do CTC, Gustavo Leite. “A aceitação de nossas variedades pelos produtores, traduzida pelo reiterado crescimento das áreas com elas plantadas, bem como maior participação de variedades premium e geneticamente modificada em nosso mix de produtos, vem sendo os principais drivers da melhora do nosso desempenho operacional”.
Diante da pandemia, o CTC adotou um plano de contingência visando garantir a preservação da saúde dos seus colaboradores, bem como a segurança e a continuidade das operações essenciais. A previsão da companhia é que a COVID-19 possa impactar minimamente nos negócios ao longo de 2020/21, com algum impacto na área de plantio, que poderá vir a ser compensada pelo uso de nossas variedades mais novas e mais produtivas (Premium e Geneticamente Modificada).