Custo com ração afeta todos os mercados de proteína animal
O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, afirmou há pouco que os custos da indústria com ração animal vêm afetando todos os mercados de proteína animal. Segundo dados apresentados pela entidade em coletiva de imprensa virtual realizada nesta quarta-feira, os custos de produção para a carne de frango subiram 44,27% nos últimos 12 meses, enquanto a produção de carne suína ficou 41,17% mais cara no mesmo período.
"De janeiro de 2019 a agosto de 2021, o milho subiu cerca de 154% e a soja 133%. Vale lembrar que as compras de milho e do farelo de soja representam 70% dos custos de produção da suinocultura e avicultura", comentou o executivo.
Santin ressaltou, contudo, que o processo especulativo do milho diminuiu com as recentes medidas do governo, por exemplo, a retirada temporária da cobrança do PIS/Pasep e Cofins para importação de milho, o que ele considerou "fundamental". Ainda assim, porém, é possível que os preços das carnes de frango, de suínos e ovos tenham novas altas, refletindo novos reajustes nos custos.
Uma estratégia para mitigar esses custos é a aposta na utilização de cereais de inverno como alternativa ao milho na ração animal, como o trigo e o sorgo, conforme uma campanha de incentiva a essa substituição capitaneada pela ABPA (Broadcast, 29/9/21)