Diretor de gestão de risco do Ministério da Agricultura é exonerado

Jônatas Pulquério Diretor de Gestão de Risco Agropecuário do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) - DIVULGAÇÃO

O ex-diretor ficou 18 meses no Ministério da Agricultura e deve retornar a Mato Grosso onde é servidor de carreira 

Por Pasquale Augusto

O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Rui Costa, determinou a exoneração de Jonatas Pulquério do cargo de Diretor do Departamento de Gestão de Riscos da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Pulquério ficou 18 meses na pasta e deve retornar a Mato Grosso, onde é servidor de carreira. A tendência é que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, indique um novo nome para o cargo. O cargo foi pedido pela bancada do PSD (Partido Social Democrático), partido do ministro Fávaro.

Na segunda-feira (2), em conversa com o Money Times, o até então diretor do Mapa, disse que o agro do Brasil vive um problema estrutural, com uma crise desencadeada pela queda dos preços das commodities e quebras de safra por problemas climáticos.

“A Aqua Capital, seja para o setor público ou privado, não quer esconder nada, e sim mostrar que o agro está vivendo uma crise. A AgroGalaxy (AGXY3) tem uma carteira de crédito com o produtor. Quem entrou em dívida e quebrou foi o produtor. E isso foi repassado para a revenda, que está fora do Plano Safra. Só que quando isso acontece no sistema bancário, o governo entra e renegocia, porque há um instrumento para tal. Com isso, não há risco para os bancos”, explica.

Fora isso, Pulquério não descartou a possibilidade de outras empresas da bolsa, como a AgroGalaxy, entrarem com pedido de recuperação judicial. Para ele, o grande problema fica para a falta de liquidez, com o vencimento de dívidas de curto prazo.

“É difícil prevermos outros casos (de RJ’s de empresas do agro listadas). Mas a realidade que me passaram na conversa com a Aqua Capital é de que o produtor está com problemas. E se esse cenário existe, vamos ver outras RJ’s” (Money Times, 2/10/24)