Donald Trump exige que governo dos EUA invista em inteligência artificial
Legenda: Recursos de inteligência artificial vão melhorando com o uso, já que computador aprende e se aperfeiçoa
Governo norte-americano vê disputa com a China pela liderança na área. Casa Branca, no entanto, não deu detalhes sobre como será esse investimento.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta segunda-feira (11) que o governo dê maior prioridade a inteligência artificial (IA) – ação vista como o início de uma batalha com a China por essa liderança.
A ordem executiva American AI Initiative exige que "todos os recursos do governo federal" sejam dedicados a ajudar a impulsionar inovação em inteligência artificial.
"Os americanos se beneficiaram enormemente de ser os primeiros desenvolvedores e os líderes da inteligência artificial", apontou a Casa Branca em um comunicado.
A ordem não detalha um financiamento específico nem uma estratégia concreta para a implementação da inteligência artificial.
A medida chega em meio à crescente preocupação de que a China ultrapassará os Estados Unidos em áreas-chave de inteligência artificial, auxiliada por uma estratégia nacional ampla e por um investimento acelerado.
Especialistas adotam cautela
Darrell West, diretor do Centro de Inovação Tecnológica da Brookings Institution, disse que a iniciativa da Casa Branca foi "oportuna", mas que é difícil saber como será implementada sem um financiamento claro.
"A China está investindo 150 bilhões de dólares até 2030 com o objetivo de se tornar o principal país de IA no mundo. É importante que os Estados Unidos acompanhem o ritmo porque a IA transformará muitos setores diferentes."
Daniel Castro, do Centro para a Inovação de Dados, um grupo de especialistas que trata temas de tecnologia, ofereceu uma resposta igualmente cautelosa.
O senador republicano Marco Rubio afirmou no Twitter que a iniciativa era um "bom começo". "A China é o maior desafio que enfrentamos em mais de meio século entre os nossos adversários próximos. Confrontá-la vai exigir uma resposta abrangente", escreveu (France Press, 11/2/19)