17/05/2022

Eletrobras tem lucro de R$ 2,7 bi no 1º trimestre, alta de 70%

Eletrobras tem lucro de R$ 2,7 bi no 1º trimestre, alta de 70%

Logo da Eletrobras Reuters Brendan McDermid

 

Governo Bolsonaro espera que TCU dê aprove privatização da empresa ainda nesta semana.

A Eletrobras informou nesta segunda-feira (16) que teve lucro líquido de R$ 2,716 bilhões no primeiro trimestre, alta de 69% ante igual período de 2021, beneficiada pela variação cambial e pelo aumento de 12% da receita bruta.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) recorrente atingiu R$ 5,428 bilhões, aumento de 9,6% no comparativo anual, informou a empresa, que está em processo de capitalização.

O governo do presidente Jair Bolsonaro espera que o TCU (Tribunal de Contas da União) dê a aprovação à privatização ainda nesta semana em um julgamento importante sobre o assunto programado para ser retomado na quarta-feira.

Uma decisão a favor do governo abriria caminho para a realização de uma oferta de ações acontecer até julho, próxima janela considerada ideal.

A Eletrobras destacou no balanço que outro fator positivo para o desempenho do primeiro trimestre foi a redução do custo de PMSO em 3,4%.

Já o destaque negativo foi o registro de R$ 1,226 bilhão em Provisões para Crédito de Liquidação Duvidosa, decorrente da inadimplência da Amazonas Energia D, sendo R$ 867 milhões referentes à compra de energia elétrica provenientes dos produtores independentes de energia (PIE) localizados no Amazonas e R$ 359 milhões referente a contratos de empréstimo devidos pela referida distribuidora.

A receita operacional líquida cresceu 12%, para R$ 9,181 bilhões, influenciada pela melhor performance nos contratos bilaterais e pelo reajuste das receitas de transmissão, disse a empresa.

 A energia vendida ficou em 42,7 gigawatt-hora (GWh) no trimestre, queda de 13,1% no comparativo anual.

A companhia encerrou o período de janeiro a março com caixa de R$ 15,454 bilhões, e dívida líquida recorrente de R$ 20,554 bilhões. A alavancagem medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda recorrente ficou em 1 vez, contra 1,9 vez nos três primeiros meses do ano passado.

Os investimentos cresceram 1%, para R$ 523 milhões (Folha de S.Paulo, 17/5/22)