28/03/2018

Eletrobras tem prejuízo líquido de R$3,998 bi no 4º tri e Ebitda negativo

Eletrobras tem prejuízo líquido de R$3,998 bi no 4º tri e Ebitda negativo

A estatal brasileira de energia Eletrobras divulgou prejuízo líquido de 3,998 bilhões de reais no quarto trimestre de 2017, ante prejuízo líquido de 6,258 bilhões em igual período de 2016, quando o balanço foi prejudicado por pesadas provisões e baixas contábeis.

A companhia, líder no mercado local de geração e transmissão de eletricidade, reportou uma geração de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) negativo de 3,540 bilhões de reais de outubro a dezembro, ante Ebitda negativo de 6,258 bilhões de reais no mesmo período de 2016.

O resultado do segmento de distribuição ficou negativo em 1,630 bilhão de reais no quarto trimestre, sendo que a controlada Amazonas Distribuição teve prejuízo de 676 milhões de reais.

No acumulado de 2017, a Eletrobras somou perdas de 1,726 bilhão, contra um lucro líquido de 3,513 bilhões de reais em 2016, ano em que a companhia voltou a registrar resultado positivo após acumular mais de 30 bilhões de reais em perdas desde 2012, após um pacote de medidas do governo federal para reduzir tarifas provocar pesados impactos sobre as contas da estatal.

A receita operacional líquida da elétrica somou 11,029 bilhões de reais entre outubro e dezembro, baixa de 9 por cento ante o mesmo período do ano anterior. No ano, as receitas foram de 37,876 bilhões, queda 37 por cento frente a 2016.

A Eletrobras, que controla subsidiárias de geração e transmissão de energia, como Furnas e Chesf, e empresas de distribuição no Norte e Nordeste, disse que o resultado trimestral foi impacto por provisões operacionais totais de 6,238 bilhões de reais.

O montante considera provisões de contingência de 3,621 bilhões de reais, provisões de impairment de 1,201 bilhão de reais e provisões para contratos onerosos de 477 milhões de reais.

A companhia promoveu em 2016 baixas contáveis de 4,2 bilhões de reais somente devido à paralisação das obras da usina nuclear de Angra 3, além de outras provisões para perdas em investimentos e perdas por descobertas de custos com corrupção apuradas após investigações internas deflagradas pela Operação Lava Jato.

Em 2017, as provisões operacionais somaram 5,747 bilhões de reais (Reuters, 27/3/18)