Embrapa e Visiona, da Embraer, fazem parceira em agricultura digital
Legenda: Protótipo do nanosatélite da parceria Embrapa e Visiona que deverá ser lançado em 2020
União de tecnologia aeroespacial com conhecimento agrícola visa a internet das coisas.
Recursos tecnológicos e imagens de satélites em tempo real associados a conhecimentos aplicados à agricultura e à inovação são o que prometem a Embrapa e a Visiona Tecnologia Espacial.
A Visiona é uma empresa dos grupos Embraer e Telebras, voltada à concepção de sistemas espaciais da Embraer.
O resultado será a disponibilização dos chamados serviços inteligentes, que permitirão a identificação de oportunidades e de soluções agrícolas baseadas em tecnologias espaciais integradas a programas computacionais.
As duas empresas assinam parceria nesta sexta-feira (7) com o objetivo de coordenar imagens de satélites da Visiona com a aplicação de conhecimentos e tecnologias em agricultura da Embrapa.
A Visiona desenvolverá sistemas de sensores de observação, coleta de dados e tecnologias de informação agropecuárias.
A Embrapa vai desenvolver algoritmos especializados para a avaliação dessas imagens e dados.
A parceria começa com a Embrapa Informática Agropecuária, mas envolverá outras unidades da empresa para promover novo salto tecnológico com o uso da agricultura digital.
Cleber Soares, diretor de inovação da Embrapa, diz que a empresa está intensificando as estratégias de parceria com instituições de potencial disruptivo.
"Juntos podemos estabelecer um novo patamar tecnológico de inovação que coloque a agricultura brasileira de maneira estratégica na economia digital", afirma.
João Paulo Rodrigues Campos, presidente da Visiona, diz que "essa parceria vai traduzir todo o potencial do satélite em aplicações concretas".
Uma câmera de alta resolução e de alta qualidade radiométrica, voltada para agropecuária e proteção ambiental, deverá auxiliar o setor com dados sobre avaliação de safras, pragas nas lavouras, seguro agrícola e certificação, segundo Campos.
O satélite, cujo lançamento deverá ocorrer no início de 2020, municiará a chamada internet das coisas (IoT) com dados, facilitando a comunicação em regiões mais distantes e com infraestrutura pouco desenvolvida, segundo o presidente da Visiona (Folha de S.Paulo, 7/12/18)