18/03/2021

Empresas de defensivos investiram R$ 700 milhões em 2020

Empresas de defensivos investiram R$ 700 milhões em 2020

As 26 empresas associadas ao Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg) investiram no ano passado R$ 700 milhões, segundo censo realizado pela entidade. Do total, R$ 264 milhões se destinaram a unidades industriais, alta de 134% ante o ano anterior. Outros R$ 437 milhões foram aplicados em ativos fixos, ações de marketing e pesquisa e desenvolvimento, 23% a mais do que em 2019.

"Esses investimentos comprovam o compromisso da indústria de defensivos agrícolas em ampliar o portfólio de soluções para que os agricultores possam proteger suas plantações contra pragas, doenças e ervas daninhas. Se por um lado as condições climáticas permitem ao agricultor plantar até três safras por ano, por outro isso resulta em um ambiente perfeito, quente e úmido, para os inimigos da produtividade", destacou em nota o presidente do Sindiveg, Júlio Borges.

As 26 associadas da Sindiveg financiaram no ano passado aproximadamente R$ 21 bilhões para produtores rurais, recursos destinados à compra de defensivos agrícolas, na maioria dos casos com antecipação do produto. Do total das vendas, 49% foram feitas com prazo de recebimento superior a 240 dias.

O levantamento feito pelo Sindiveg aponta também que as companhias associadas pagaram R$ 676 milhões em impostos federais, estaduais e municipais, além de taxas regulatórias, 27% acima do valor de 2019, de R$ 533 milhões. "Mesmo em um ano tão difícil como 2020, a indústria de defensivos ampliou consideravelmente os investimentos, a oferta de soluções e, especialmente, a quantidade de empregos diretos, em 4%, atingindo quase 5 mil funcionários. Além disso, o setor manteve 15 mil empregos indiretos", informa Borges.

Em 2020, o mercado de defensivos agrícolas encolheu 10,4% em dólar, registrando faturamento de US$ 12,1 bilhões, ante US$ 13,5 bilhões em 2019. A contração do mercado ocorreu principalmente em virtude de perdas cambiais de 18,5% para o setor, atreladas à valorização do dólar ante o real ao longo do ano. Tais perdas não foram repassadas integralmente a produtores, de acordo com o Sindiveg. A entidade prevê que movimento semelhante deve ocorrer ao longo de 2021 (Broadcast, 17/3/21)