22/10/2018

Empresas de SP investem mais em inovação – Editorial O Estado de S.Paulo

Empresas de SP investem mais em inovação – Editorial O Estado de S.Paulo

Dados do Desenvolve-SP mostram que as pequenas e médias empresas estão investindo com vistas ao futuro.

As pequenas e médias empresas (PMEs) estão investindo com vistas ao futuro. Segundo a Desenvolve-SP, agência de fomento estadual, os investimentos pelas PMEs paulistas registraram alta de 26% no terceiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2017. Essas empresas respondem por cerca de 27% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Elas constituem uma das principais forças para impulsionar o crescimento econômico e para a geração de empregos. Por isso, o aumento de seus investimentos é um sinal bastante positivo sobre o desempenho da economia paulista. Para atender à crescente demanda financeira desses empreendimentos, a agência realizou empréstimos no total de R$ 128,8 milhões no período considerado.

Grande parte (70%) desses financiamentos foi destinada à formação bruta de capital fixo, em benefício de projetos de inovação, expansão e modernização por meio da aquisição de novas máquinas e equipamentos. Os projetos inovadores, especificamente, aumentaram 54%, saltando de R$ 17 milhões no terceiro trimestre do ano passado para R$ 26,1 milhões em idêntico período de 2018, o que comprova a consciência da realidade do mercado hoje em dia.

“Mesmo com o desempenho econômico nacional abaixo do esperado”, comenta Álvaro Sedlacek, presidente da Desenvolve-SP, “as PMEs paulistas têm-se mostrado confiantes e estão investindo para se manter competitivas no mercado, o que deve se refletir em nosso balanço anual”.

A indústria ficou com a maior fatia do crédito para investir – R$ 50,8 milhões no período julho a setembro, mais 25% em confronto com o terceiro trimestre de 2017 (R$ 40,7 milhões). Já os desembolsos da agência para o comércio alcançaram R$ 16,3 milhões no terceiro trimestre, alta de 39% em relação ao mesmo período de 2017 (R$ 11,7 milhões).

Destoando desse padrão, os financiamentos para o setor de serviços diminuíram 21%, passando de R$ 37,4 milhões em 2017 para R$ 29,5 milhões neste ano, sempre no comparativo trimestral. O restante dos recursos foi direcionado para capital de giro das empresas e obras de infraestrutura.

Note-se que 72% do crédito para investimento foi tomado por empresas do interior, vindo à frente das instaladas na Região Metropolitana de São Paulo, e as das regiões de Sorocaba e Campinas (O Estado de S.Paulo, 21/10/18)