11/12/2020

Estoques de soja caem ainda mais nos Estados Unidos

Estoques de soja caem ainda mais nos Estados Unidos

Volume em final de safra será suficiente para apenas 14 dias de consumo; safras brasileira e argentina ganham importância.

Os Estados Unidos reduziram ainda mais os estoques finais de soja do país. Após vendas aceleradas para a China, a exemplo do que ocorreu com o Brasil, os americanos vão terminar a safra 2020/21 com apenas 4,8 milhões de toneladas de soja nos armazéns.

É um dos menores estoques da história e o suficiente para apenas 14 dias de consumo, segundo cálculos da AgRural. Conforme dados divulgados na tarde desta quinta-feira (11), o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) prevê um consumo total de 123,4 milhões de toneladas no país. A produção foi de 113,5 milhões.

 

O órgão americano estima esmagamento interno de 59,7 milhões de toneladas e exportações de 59,9 milhões. Essa nova estimativa de queda nos estoques de soja dos Estados Unidos, segundo maior produtor mundial, faz o mercado internacional ficar ainda mais de olho no Brasil e na Argentina, primeiro e terceiro maiores produtores.

A América do Sul, contudo, não está isenta de eventuais problemas climáticos, principalmente devido aos efeitos da La Niña. No Brasil, já houve atraso no plantio de soja e replantio em algumas áreas.
A produção mundial nesta safra 2020/21 será de 362 milhões de toneladas, e o consumo mundial sobe para 370 milhões. A demanda chinesa continua aquecida, e o país importará 100 milhões de toneladas.

Os estoques mundiais, que eram suficientes para 98 dias de consumo no período 19/20, terminam a safra atual o bastante para apenas 85 dias. Qualquer redução de safra na América do Sul, os preços esquentam (Folha de S.Paulo, 11/12/20)