12/11/2021

Estudos mostram maior retorno e resiliência na crise de investimento ESG

Estudos mostram maior retorno e resiliência na crise de investimento ESG

PLANTANDO MOEDAS Foto GettyImages

 A capacidade de gerar retorno e proporcionar maior resiliência em momentos grande volatilidade nos mercados financeiros dos investimentos em ativos com compromissos ESG (ambiental, social e de governança) já são materiais e comprovados, por meio de estudos, na indústria nacional e global, disse o chairman da BlackRock no Brasil e vice-presidente e coordenador do Grupo de Sustentabilidade da Anbima, Carlos Takahashi, durante painel do Ministério do Meio Ambiente, em virtude da COP-26.

“Retorno sempre foi um desafio para a indústria de fundos porque parecia que a conta não fechava”, disse. No entanto, segundo ele, estudos recentes comprovam não só um melhor retorno, para resiliência a turbulências causadas por alterações de cenário macroeconômico e político. “Temos agora clareza que boas práticas trazem mais retorno e principalmente temos estudos que comprovam que investimentos ESG oferecem também resiliência maior em momentos de estresse e crise”, pontuou.

Takahashi comentou ainda que ainda o direcionamento da maior parte das gestoras em relação ao tema vem de uma necessidade de atender regras de compliance. “Percebemos em estudos que um interesse e quantidade muito relevante vindo para o tema, mas é importante constatar que ainda esse é um assunto que está nas áreas de compliance das gestoras e temos um desafio de trazer essa transversalidade”, observou.

O executivo citou ainda que greenwashing, termo utilizado para fazer referência as empresas que buscam utilizar o ESG como marketing e não como prática, é uma tema de grande importância e ao final uma agenda de inclusão e desenvolvimento do mercado. Nesse sentido, ele mencionou que a Anbima tem buscado acolher a questão, dentro do grupo consultivo do qual é presidente, de diversas formas, entre as quais identificando e entendendo quais são as gestoras que estão buscando compromissos ESG e de que forma o fazem internamente e nos investimentos.

Segundo ele, o grupo está também mapeando os fundos ESG, dada a proliferação muito grande de tais fundos. “Identificar implica mais do que colocar a letra, mas provar que a gestora tem objetivos e governança ESG e em seus produtos”, explicou. Educação dos profissionais da indústria de fundos e investidores e de interessados nas emissões de títulos e ativos sustentáveis, assim como no mercado de carbono, são outras iniciativas que, de acordo com Takahashi, contribuem para minimizar práticas que não estão alinhadas com o objetivo maior das práticas e compromissos ESG (Broadcast, 11/11/21)