Ex-comandante da Rota e assessor de Tirso Meirelles expulsa deputado

Ex-comandante da Rota e assessor de Tirso Meirelles expulsa deputado Fotos Reprodução Blog Veja e Reprodução Instagram
Delegados sindicais patronais rurais que participaram da Assembleia Geral Extraordinária da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo – Faesp/Senar nesta 2ª feira em São Paulo, assistiram constrangidos e assustados, a ação do coronel reformado Alberto Sardilli, da Polícia Militar do Estado de São Paulo e ex-comandante da Rota no governo de Geraldo Alckmin, atual “assessor especial da presidência da Faesp”, como se apresenta no Linkedin.
Isto porque, o deputado estadual Lucas Bove (PL) foi expulso do recinto no qual se realizava a Assembleia da Faesp/Senar ao discursar para os produtores rurais. Ele é conhecido como defensor do agro paulista e teve seu microfone tomado pelo “coronel” que o retirou do local. Ao sair do prédio, o deputado foi saudado pelas dezenas de manifestantes que estavam no local para prestar solidariedade a Paulo Junqueira e também para acompanharem o resultado final sobre a exclusão do líder rural.
“É uma pena que a casa que deveria representar os produtores rurais paulistas acolha desta forma um deputado e que ele seja impedido de se pronunciar. Pior ainda, que este deputado seja retirado do recinto através de um assessor da presidência, o que evidencia que as críticas contra os gestores da entidade se justificam. Não podemos admitir a falta de respeito e de democracia que imperam na Faesp/Senar”, afirmou o parlamentar.
São Roque
Guto Issa (PSD), prefeito de São Roque (SP), contratou o coronel Sardilli como “assessor de segurança” — Foto Prefeitura de São Roque Divulgação
Quem acompanhou a movimentação em frente a sede da Faesp/Senar na manhã de ontem estranhou a presença de uma viatura da Guarda Municipal de São Roque, cidade que fica a 62 da Capital. Até mesmo os policiais da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo e da Polícia Militar que estavam no local ficaram intrigados.
Mas a dúvida logo ficou esclarecida a partir da informação que a viatura, com motorista, estava a serviço do coronel reformado Alberto Sardilli, contratado como “Assessor Especial de Segurança Pública do Município de São Roque”. Estaria ele acumulando cargo como Assessor Especial de Segurança da Presidência da Faesp/Senar” em detrimento dos habitantes de São Roque?
O ex-comandante da Rota na gestão do governador Geraldo Alckmin também se tornou conhecido pela violenta agressão a um delegado de polícia, de 80 anos, conforme a “Nota Oficial” transcrita abaixo:
Delegado aposentado de 80 anos é agredido por coronel da PM e está na UTI
A Associação e o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (ADPESP e SINDPESP) repudiam veementemente a agressão covarde praticada pelo coronel da Polícia Militar, Alberto Malfi Sardilli, de 49 anos, contra o delegado de polícia aposentado, Milton Rodrigues Montemor, de 80 anos. O caso aconteceu na tarde de domingo (21), na Rua Luís Carlos Gentile de Laet, no bairro do Tremembé, na zona norte da Capital.
Lourdes, no domingo passado, 21 de outubro, quando Alberto se desentendeu com a irmã de Milton. Nessa ocasião, o delegado interveio e a confusão parou. O coronel da PM, porém, segundo o B.O., ficou esperando o Dr. Montemor ir embora, cerca de 40 minutos depois, para surpreendê-lo do lado de fora da igreja, no estacionamento. O relato informa que Sardilli o atacou com um soco em seu peito, derrubando-o. O coronel teria tentado prosseguir com a agressão, mesmo com o delegado caído, mas foi contido por testemunhas.
O coronel PM Alberto Sardilli fugiu do local, enquanto Milton foi socorrido ao Pronto Socorro do HSANP, diagnosticado com duas fraturas, que necessitaram de procedimentos cirúrgicos. A vítima permanece internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). O caso foi registrado no 39º Distrito Policial (Vila Gustavo) como lesão corporal grave.
“Não está em questão o cargo ocupado pelas partes envolvidas, mas o total despreparo emocional de alguém que deveria ser um defensor da lei contra uma vítima idosa e indefesa. Se esse coronel da Polícia Militar age assim com um senhor de 80 anos, o que esperar de suas atitudes em relação ao cidadão comum?”, questiona Gustavo Mesquita, presidente da ADPESP.
“O fato demonstra nuances de desvios e destempero de personalidade de um agente do Estado, de um coronel da Polícia Militar, que tem a obrigação legal de proteger a sociedade, assegurar o bem-estar social, resguardar vidas e proteger o cidadão”, analisou Raquel Kobashi Gallinati, presidente do Sindicato de Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (SINDPESP). “Essa situação é ainda mais grave pela covardia de uma pessoa de 49 anos agredir violentamente um idoso de 80. É triste, pois o delegado de polícia sempre serviu à sociedade, trabalhando como o primeiro garantidor da legalidade e da justiça”, completou a presidente (Da Redação, 3/6/25)