03/11/2022

Exportação de arroz aumenta 702% em outubro

Exportação de arroz aumenta 702% em outubro
LAVOURA DE ARROZ RS- FOTO GOV. RIO GRANDE DO SUL

Setor do agronegócio mantém ritmo, com destaques para vendas de milho e receitas com soja.

O agronegócio voltou a ser destaque na balança comercial de outubro, com liderança de vários produtos. Entre eles o arroz.

As vendas externas deste cereal, considerando o volume médio diário do produto em casca, superam em 702% as de igual mês de 2021.

Demanda externa e preços atraentes, devido à queda de produção em grandes produtores, como a Índia, permitiram que o Brasil colocasse 224 mil toneladas de arroz em casca no mercado externo no mês passado.

As exportações puxaram os preços internos. A saca de arroz em casca no Rio Grande do Sul terminou outubro em R$ 80, com alta de 4% no mês, segundo dados do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

O aumento das exportações não deixa o mercado interno confortável, uma vez que o país terá de importar mais para o abastecimento nacional.

Os dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam que o país vai terminar a safra 2022/23 com estoques para apenas dois meses de consumo, o menor nas últimas quatro safras.

No setor de proteínas, as receitas com as exportações de carnes bovina, de frango e suína "in natura" somaram US$ 2,1 bilhões, 71% a mais do que em outubro de 2021, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior) desta terça-feira (1º).

Soja e milho são sempre destaques. Embora o volume da oleaginosa tenha caído nas exportações de janeiro a outubro, as receitas já atingem US$ 44, bilhões, 22% a mais do que em igual período do ano passado.

As exportações de milho, com a maior oferta do cereal após a colheita da safrinha, atingiram 7,2 milhões de toneladas no mês passado, com média diária de vendas 468% superior à de outubro de 2021.

Entre as importações, os gastos com adubos e agrotóxicos continuam acelerados, devido à forte alta internacional dos preços no primeiro semestre.

 

As despesas nacionais com compra de fertilizantes subiram para US$ 22,3 bilhões de janeiro a outubro, 96% a mais do que em igual período do ano passado. O volume importado neste ano soma 33,3 milhões de toneladas, próximo ao de 2021.

Os gastos com agroquímicos tiveram elevação de 97% no ano, somando US$ 5,5 bilhões. Em volume, ao atingir 559 mil toneladas, a alta foi de 79% (Folha de S.Paulo, 2/11/22)