15/01/2025

Exportações de soja devem alcançar novo recorde nesta safra

Exportações de soja devem alcançar novo recorde nesta safra

Com a recuperação na colheita da soja para este ciclo, a Conab passou a prever aumento nos embarques do grão deste ano. Foto Fernando Martinho

 

Conab projeta um volume de 105,47 milhões de toneladas

 

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou que as exportações de soja do Brasil na safra 2024/5 chegarão a 105,47 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume representará um novo recorde de embarques do grão. O maior número até hoje, nos cálculos da estatal, foi registrado na safra 2022/23, com 101,86 milhões de toneladas.

 

Na temporada passada (2023/24), com a quebra de safra de soja, as exportações atingiram 98,6 milhões de toneladas. Houve ainda o embarque de 22,9 milhões de toneladas de farelo e de 1,35 milhão de toneladas de óleo para o mercado externo. A Conab também apontou a importação de 900 mil toneladas de soja em 2024, aumento de quase 500% em relação às 181 mil toneladas da oleaginosa estrangeira que entraram no país em 2023.

 

Os dados fazem parte do quarto levantamento de safra de grãos da Conab, divulgado nesta terça-feira (14/1).

 

Com a recuperação na colheita da soja para este ciclo, a Conab passou a prever aumento nos embarques do grão deste ano. As exportações de farelo foram mantidas em 22 milhões de toneladas e as de óleo, em 1,4 milhão de toneladas.

 

Milho

 

No milho, a companhia realizou um ajuste nas exportações do cereal na safra 2023/24. A estimativa agora de embarque de 38,5 milhões de toneladas.

Com um consumo projetado próximo a 83,57 milhões de toneladas, a expectativa é que o estoque final do produto se estabeleça em torno de 2,5 milhões de toneladas, a menor dos últimos anos.

 

Para a temporada 2024/25, as vendas para o mercado externo estão estimadas em 34 milhões de toneladas, enquanto o consumo tende a ficar em 86,4 milhões de toneladas, disse a Conab. “Com o aumento na produção, os estoques tendem a registrar recuperação e fechar em 3,5 milhões de toneladas no final do atual ciclo, garantindo o abastecimento interno, sobretudo do setor de proteína animal”, apontou a estatal.

 

Arroz

 

Para o arroz, o consumo foi atualizado para 10,5 milhões de toneladas, valor próximo da média de consumo dos últimos cinco anos do setor orizícola.

 

A estatal também ajustou para baixo a projeção das exportações, para 1,5 milhões de toneladas. Com isso, o estoque final do cereal em 2023/24 é estimado em 393,4 toneladas.

 

“Sobre a balança comercial do produto na safra 2023/24, com os preços internos operando acima das paridades de exportação, na maior parte do período de comercialização, aliado à menor disponibilidade interna e a recomposição produtiva norte-americana, a projeção é de redução dos volumes exportados para 1,5 milhão de toneladas pelo Brasil”, justifica a Conab.

 

Para a safra 2024/25, em meio à projeção de recuperação produtiva e arrefecimento dos preços para o próximo ano, a Conab estima aumento das exportações de arroz brasileiro para 2 milhões de toneladas.

 

“Mesmo com a alta nos volumes embarcados, o estoque final no ciclo 2024/25 deve registrar recuperação e estar próximo a 1,28 milhão de toneladas no final de fevereiro de 2026”, projeta a estatal.

 

Algodão e trigo

 

Para o algodão, a projeção da Conab é que as exportações do ciclo 2024/25 cheguem a 2,9 milhões de toneladas de pluma. Para o trigo, a expectativa é de aumento nas importações, para 6,2 milhões de toneladas. O consumo nacional deve ficar em 11,89 milhões de toneladas, com exportação prevista de 2 milhões de toneladas do cereal (Globo Rural, 14/1/25)