Exportações de suco de laranja caem no 1ª semestre, mas receita avança
Escassez de oferta e alta nos preços do suco de laranja elevou as receitas das exportações. Foto Flickr - Marco Verch Creative Commons
Embarques alcançaram 430.078 toneladas, recuo de 19,7% ante igual período de 2023/24
As exportações de suco de laranja (FCOJ equivalente a 66 Brix) alcançaram 430.078 toneladas no primeiro semestre da safra 2024/25 (de julho a dezembro), um recuo de 19,7% em relação às 535.604 toneladas do mesmo período da safra 2023/24, informou nesta quarta-feira (15/1) a CitrusBR, associação de exportadores do setor, com base em dados do governo federal.
Apesar do recuo no volume embarcado, o faturamento com as vendas somou US$ 1,9 bilhão, um salto de 42,66% comparado aos 1,3 bilhão do mesmo período da safra 2023/24, em meio à escassez de oferta e alta nos preços do suco.
“O setor enfrenta cinco ciclos de safras pequenas e médias e, segundo as referências internacionais, uma alta de preços sem precedentes que mostram que a queda de demanda é inevitável”, explica o diretor-executivo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.
Destinos
A Europa continua a ser o principal destino das exportações brasileiras da bebida, com 42,72% de participação. No entanto, o total embarcado ao continente pelo Brasil nos primeiros seis meses da temporada atual foi de 228.692 toneladas, uma redução de 22,21%.
Já a receita com as vendas ao mercado europeu aumentou 41% no período avaliado, para US$ 1,037 bilhão, destacou a associação.
Os Estados Unidos, por sua vez, registraram compras de 161.641 toneladas de suco FCOJ equivalente brasileiro, queda de 7,17% no comparativo anual. Em faturamento, houve alta de 56,37%, com um total de US$ 675,8 milhões.
Os americanos são os principais concorrentes do Brasil na produção de suco de laranja, com a matéria-prima vinda da Flórida, mas o país também passou por quebras de safra e encontra-se em momento de oferta restrita no mercado.
Ásia
Ainda de acordo com a CitrusBR, os embarques de suco para o Japão caíram 14,07% nos seis primeiros meses da safra 2024/25, com um volume de 11.441 toneladas.
O faturamento, porém, foi de US$ 62,96 milhões, um crescimento expressivo de 79,75% em relação ao total faturado na metade da safra anterior.
No caso da China, as importações de julho a dezembro da safra somaram 19.223 toneladas, um volume 46,08% inferior. Em receita, houve uma queda de 17,35%, com um total de US$ 52,25 milhões (Globo Rural, 15/1/25)