Faesp/Senar: Uso das redes sociais para tentar defender o “Clã Meirelles”
Imagem: Tirso Meirelles, presidente sub judice, com eleição anulada por fraude e irregularidades, aparece em evento destacado pela revista Agro S/A
Nesta semana circulou nas redes sociais mensagem intitulada “Crítica à postura de veículos de comunicação sobre a Faesp”. Eivada de erros de grafia e de concordância, ela não teria nenhuma importância e muito menos relevância se não denotasse tentativa de defender a indefensável “Capitania Hereditária no Agronegócio” (Revista Oeste,28/4/23) capitaneada pelo mais longevo dirigente sindical rural da história brasileira, comendador Fábio de Salles Meirelles, com suas 12 reeleições e quase meio século de reinado na Federação da Agricultura do Estado de São Paulo – Faesp/Senar.
Para piorar sua situação, o comendador tenta emplacar como seu sucessor o filho Tirso através de eleição anulada por fraude e irregularidades no começo de dezembro de 2023 pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Ou seja, Tirso Meirelles, está presidente sub judice e seu mandato em discussão no TRT-2.
Desde que sua eleição foi anulada, nenhuma manifestação para esclarecer os fatos e as denúncias que foram encaminhadas pela chapa de oposição “Nova Faesp” ao TRT-2, receberam qualquer informação através da assessoria de imprensa da Faesp/Senar, ao mesmo tempo que Tirso Meirelles se nega a um debate público com representantes dos sindicatos da oposição e mesmo convocar uma coletiva de imprensa para tratar do assunto.
Agora, com a mensagem assinada por “Izildinha Lacativa”, que no Linkedin se apresenta como “gerente comercial da revista Agro S/A” supõe-se que pela sua proximidade com os Meirelles’s, principalmente pelas verbas publicitárias a ela destinadas, faça a crítica a quem tem a obrigação de apontar os desvios de conduta daqueles que usam e abusam dos recursos federais do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar.
Google Maps: Imagem da sede da revista Agro S/A
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Vale lembrar que durante todo a gestão de quase meio século de comando na Federação da Agricultura do Estado de São Paulo – Faesp/Senar, Fábio de Salles Meirelles e seu Filho Tirso foram alvos de reiteradas e sucessivas denúncias feitas pela grande mídia nacional, sem contestação, através de veículos como a Revista Veja, Folha de S.Paulo, O Estado de S.Paulo, Revista Oeste, G1 (site de notícias da Rede Globo) e também do BrasilAgro”.
É evidente que estes veículos de comunicação nada tem a ver com a chamada “imprensa chapa-branca”, aquela que é paga e recebe recursos para adular seus anunciantes. A chamada relação “custo e benefício” não faz parte dos argumentos comerciais para fazer jus a estas verbas.
fotos revista Agro S/A reprodução internet
O presidente sub judice da Faesp/Senar Tirso Meirelles aparece com frequência nas edições da revista Agro S/A
O que vale mesmo, é o escambo do pagamento pela narrativa redigida pelos áulicos com elogios imerecidos a seus idolatrados patrocinadores. Inexistem valores como seriedade, ética e compromisso com a verdade. Logo, não há nenhuma credibilidade neste sistema medieval adotado ainda por alguns veículos de “mídia” do interior.
Perguntas ao presidente sub judice Tirso Meirelles:
Tornamos a publicar o rol de questionamentos que a mídia séria e responsável gostaria de obter de Tirso Meirelles, que ultimamente tem ameaçado jornalistas e mesmo vetado através do sistema de TI da Faesp/Senar o acesso deles à assessoria de imprensa da entidade:
- Como explica a decisão do TRT-2 em invalidar sua eleição em dezembro passado, por irregularidades e fraude no processo eleitoral;
- O que lhe inspirou para fazer a festa de sua auto posse no Theatro Municipal de São Paulo em 14 de abril deste ano, mesmo sabendo que a Justiça do Trabalho anulou a eleição de dezembro por irregularidades e fraude?
- Por que os sindicatos rurais que lhe fazem oposição estão tendo redução e até suspensão dos repasses do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural – Senar?
- No ano passado, sindicatos da oposição tiveram redução dos repasses na ordem de 60% a 80%. Agora, no princípio do mês de janeiro, os repasses para os sindicatos rurais de Ribeirão Preto, Araraquara e Suzano, foram totalmente suspensos, lembrando que duas das principais commodities do agro paulista e brasileiro – cana-de-açúcar e laranja – são produzidos nas regiões de Ribeirão Preto e Araraquara.
- Por que se retirou do Royal Palm Plaza Resort Campinas às pressas com a chegada da Polícia Militar chamada ao local por dirigentes sindicais rurais que tiveram seu acesso ao evento promovido pela Faesp/Senar negado?
- Durante o último processo eleitoral municipal, o que ocorreu com o candidato que apoiou ostensivamente em Fernandópolis?
- Quais as vantagens para os produtores rurais paulistas do programa “Semeadoras do Agro”?
- Quanto custa e qual a origem dos recursos para o programa “Semeadoras do Agro”?
- Quais serviços que presta a Connect Assessoria, cuja sócia é a sua companheira e vice-presidente do “Semeadoras do Agro”, a psicóloga Juliana Farah, para a Faesp/Senar e qual o custo da entidade com estes serviços?
- O senhor tem sido acusado de não ser produtor rural. Em que município e desde quando exerce esta atividade?
- Por que, há mais de um ano, se nega a participar de um debate público com o líder do movimento “Nova Faesp” de oposição às suas atividades?
- Como explica que nos últimos 13 anos, o PIB do agro paulista só cresceu 1,8% enquanto o PIB do agro nacional cresceu 19,1?
- Qual é o legado que seu pai, comendador Fábio de Salles Meirelles, deixa para o agro paulista depois de quase meio século do comando da Federação da Agricultura do Estado de São Paulo – Faesp/Senar, em gestão recheada de denúncias feitas pela mídia nacional? (Da Redação,30/2/25)