19/01/2024

Forbes Agro100 2023: O ano das maiores empresas do agronegócio brasileiro

Forbes Agro100 2023: O ano das maiores empresas do agronegócio brasileiro

LOGO FORBES AGRO

Por Cláudio Gradilone e Vera Ondei (Colaboraram Carolina Rodrigues e Fábio Moitinho)

 

Conheça os destaques do agro da lista Forbes de 2023, um retrato da pujança do setor, mesmo em tempo de grandes desafios.

 

 

O Forbes Agro100 2023 mostrou o desempenho das empresas do setor no ano anterior. Em dezembro, os executivos dessas empresas se reuniram em São Paulo, no hotel Rosewood Matarazzo Ballroon. Era a hora de comemorar um ano de grandes desafios. Isso porque o ano de 2022 não foi dos melhores para a economia brasileira. Porém, cabe aqui uma vírgula. É mais preciso afirmar que 2022 não foi bom para a economia brasileira, com exceção do agronegócio. Em média, o faturamento das 100 maiores empresas desse setor que atuam no Brasil cresceu 20,2% em relação a 2021.

 

 

Para comparar, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi de 2,9%, um ano considerado positivo em comparação com os anteriores. Somadas, as receitas dessas companhias foram de R$ 2,23 trilhões, ou 22,5% do PIB.

 

Mesmo com a turbulência dos mercados globais provocada pelas hostilidades na Ucrânia e pelo movimento dos bancos centrais da Europa e dos Estados Unidos para elevar os juros e desacelerar a economia, as líderes do agronegócio desfrutaram de mercados abertos para alimentos, fibras e biocombustíveis, o que multiplicou as vendas e garantiu os lucros.

 

Os números da balança comercial comprovam isso. Em 2022, o total exportado pelo agronegócio estabeleceu um novo recorde: US$ 158,9 bilhões, alta de 32% quando comparado a 2021. O volume embarcado cresceu 8,1%. Com isso, as vendas externas do agronegócio representaram 47,6% do total exportado pelo Brasil no ano passado.

 

A Lista Forbes Agro100 não teria sido possível sem a colaboração da S&P Global. Parte dos dados veio do sistema S&P Capital IQ Pro, gerido pela S&P, e parte foi fornecido pelas próprias empresas. Na maioria dos casos, foram considerados os resultados do ano calendário de 2022, com exceção das empresas de agroenergia, que divulgam seus números no ano safra da cana-de-açúcar, que vai de abril do ano corrente a março do ano seguinte. Confira quais são as empresas do Agro100 2023, que foram publicadas na edição 113 da Revista Forbes e que agora estão abertas:

 

 

1 – JBS

SETOR: PROTEÍNA ANIMAL

FUNDAÇÃO: 1953, EM ANÁPOLIS (GO)

RECEITA: R$ 374,85 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: GILBERTO TOMAZONI

Líder no ranking de proteína animal e maior empresa brasileira privada em faturamento, a JBS comemora 70 anos em 2023, com 270 mil funcionários em mais de 20 países e 400 unidades produtivas. Foi considerada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), via Núcleo de Economia Regional e Urbana da Universidade de São Paulo (Nereus), uma das empresas de maior impacto socioeconômico no país. Em 2022, a JBS anunciou a criação de seu Biotech Innovation Center, um investimento de R$ 300 milhões em Florianópolis.

 

2 – RAÍZEN ENERGIA

SETOR: AGROENERGIA

FUNDAÇÃO: 2011, EM SÃO PAULO (SP)

RECEITA: R$ 245,83 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: RICARDO MUSSA

A Raízen, joint venture de Shell e Cosan, é uma das líderes na produção de açúcar, etanol e bioenergia no Brasil. Com 35 unidades de produção, tem 1,3 milhão de hectares de cultivo de cana-de-açúcar e uma rede de 7.300 postos com a bandeira Shell, totalizando 4 mil clientes no Brasil, Argentina e Paraguai. Em 2022, anunciou investimentos de US$ 1,5 bilhão na construção de cinco usinas para a produção de etanol celulósico, biocombustível sustentável conhecido também como E2G, elevando seu portfólio de usinas de baixa pegada de carbono para nove unidades.

 

 

3 – NESTLÉ DO BRASIL

SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS

FUNDAÇÃO: 1866, EM VEVEY (SUÍÇA) ; NO BRASIL DESDE 1921

RECEITA: R$ 179,52 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: MARCELO MELCHIOR

A Nestlé instalou sua primeira fábrica no Brasil há um século em Araras (SP), para a produção do leite condensado Milkmaid, que mais tarde seria conhecido como Leite Moça. Tem 31 unidades industriais em oito estados brasileiros e emprega mais de 20 mil funcionários. Neste ano, anunciou investimentos de R$ 2,7 bilhões no Brasil até 2026 para modernizar fábricas de biscoitos e chocolates. A Nestlé tem no país o maior segmento de chocolates do grupo no mundo e vai ampliar as linhas de produção em Caçapava (SP), Marília (SP) e Vila Velha (ES).

 

4 – COSAN

SETOR: AGROENERGIA

FUNDAÇÃO: 1936, EM PIRACICABA (SP)

RECEITA: R$ 162,25 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: LUIS HENRIQUE CALSDE BEAUCLAIR GUIMARÃES

Com origem no setor sucroalcooleiro, a Cosan nasceu no interior paulista pelas mãos dos irmãos Pedro e João Ometto, tornando-se uma produtora mundial de açúcar e álcool em 1989. Reúne atualmente um conglomerado de 22 empresas, incluindo a logística de açúcar e outros granéis sólidos destinados à exportação. Em 2022, faturou R$ 162 bilhões e ampliou sua estratégia de participação em empresas de gestão ativa de propriedades agrícolas, como a Radar, a Tellus e a Janus Brasil. O investimento reforça a aposta da Cosan no mercado imobiliário agrícola brasileiro.

 

 

5 – MARFRIG GLOBAL FOODS

SETOR: PROTEÍNA ANIMAL

FUNDAÇÃO: 2000, EM SÃO PAULO (SP)

RECEITA: R$ 130,63 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: RUI MENDONÇA JÚNIOR

A Marfrig, líder global na produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de proteína bovina do mundo, passou a controlar a BRF S.A., uma das principais companhias de alimentos do planeta. A empresa, que já contava com uma plataforma de produção diversificada geograficamente, passou a apresentar também uma diversificação de proteínas com a inclusão da BRF. A combinação contábil das duas companhias fez com que a receita líquida da Marfrig alcançasse quase R$ 131 bilhões em 2022, com Ebitda de R$ 13 bilhões e mais de R$ 4 bilhões de lucro líquido.

 

6 – CARGILL AGRÍCOLA

SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS

FUNDAÇÃO: 1865 , EM CONOVER , IOWA (EUA);

NO BRASIL DESDE 1965

RECEITA: R$ 123,27 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: PAULO SOUSA

Empresa de origem norte-americana, a Cargill está presente em 17 estados brasileiros com unidades industriais e escritórios em quase 150 municípios, totalizando 11 mil funcionários. É também uma das poucas empresas desta lista controlada pela família fundadora e uma gigante de capital fechado, que ocupa há três anos consecutivos posições entre as primeiras colocações no ranking, posto mantido nesta edição graças ao faturamento de R$ 123 bilhões em 2022, ano em que fez o investimento recorde de R$ 1,2 bilhão em operações no Brasil

 

 

7 – AMBEV

SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS

FUNDAÇÃO: 1999, EM SÃO PAULO (SP)

RECEITA: R$ 79,71 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: JEAN JEREISSATI NETO

A Ambev é a sucessora da Brahma e Antarctica, duas das cervejarias mais antigas do Brasil, com forte atuação da produção ao varejo. A Fazenda Santa Helena, no Amazonas, é o maior centro de estudos sobre o guaraná do mundo, enquanto o cultivo da cevada ocorre no Paraná e no Rio Grande do Sul, com produção própria ou em parceria com cooperativas. A empresa é referência em boas práticas e inovação. Uma das iniciativas é o programa 100+ Labs Brasil, que há cinco anos incentiva e premia soluções ligadas à agricultura digital e à sustentabilidade.

 

8 – BUNGE ALIMENTOS

SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS

FUNDAÇÃO: 1818, EM AMSTERDÃ, NA HOLANDA; NO BRASIL DESDE 1905

RECEITA: R$ 78,75 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: JULIO GARROS

A Bunge Alimentos é uma líder global no setor agroindustrial. Suas atividades abrangem o processamento de grãos, a produção de alimentos, ingredientes, oleaginosas, fertilizantes e bioenergia. Tem se destacado por suas iniciativas sustentáveis, promovendo a agricultura regenerativa e investindo em tecnologias avançadas. Entre as metas da empresa, destaca-se ter toda a sua cadeia de suprimentos livre de desmatamentos em 2025.

 

 

9 – COPERSUCAR

SETOR: AGROENERGIA

FUNDAÇÃO: 1959, EM SÃO PAULO (SP)

RECEITA: R$ 70,14 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: TOMÁS CAETANO MANZANO

A Copersucar faturou acima de R$ 70 bilhões em 2022, ampliando sua escala com a entrada na safra de três novas usinas. É a maior cooperativa de empresas do país, com a moagem de mais de 100 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, a venda de 2 milhões de toneladas de açúcar no mercado interno e o aumento de 7,1% no volume de exportações (de 2,8 milhões para 3 milhões de toneladas). No mercado global de etanol, expandiu as operações via Eco-Energy, que movimentou 7 bilhões de litros no último ano safra, o melhor resultado de sua história.

 

10 – BRF

SETOR: PROTEÍNA ANIMAL

FUNDAÇÃO: 2009, EM SÃO PAULO (SP)

RECEITA: R$ 53,81 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: MIGUEL DE SOUZA GULARTE

Nascida da fusão de Perdigão e Sadia há 14 anos, a BRF é a maior exportadora de carne de frango do Brasil e uma das maiores empresas de alimentos do mundo, presente em 127 países, com 100 mil funcionários e mais de 30 marcas em seu portfólio. Em 2022, investiu R$ 231,8 milhões em ações socioambientais, relacionadas às mudanças climáticas, ao bem-estar animal e a projetos sociais, 18% acima do aplicado em 2021. A empresa conquistou também 100% de rastreabilidade dos fornecedores diretos e 45% dos indiretos de grãos dos biomas Amazônia e Cerrado.

 

 

11 – SUZANO

SETOR: CELULOSE, MADEIRA E PAPEL

FUNDAÇÃO: 1924, EM SÃO PAULO (SP)

RECEITA: R$ 49,83 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: WALTER SCHALKA

Maior produtora de celulose do mundo, a Suzano registrou o melhor ano de sua história, com geração de caixa expressivo. A receita líquida avançou para R$ 49,8 bilhões, enquanto o lucro líquido chegou a R$ 23,4 bilhões. Já o Ebitda ajustado da empresa cresceu 20%, somando R$ 28,2 bilhões. Além do forte desempenho operacional e financeiro, a empresa teve conquistas importantes na área ambiental, que tornaram ainda mais competitiva sua base florestal – em 2023, estão previstos investimentos de R$ 18,5 bilhões no setor.

 

12 – ANDRÉ MAGGI PARTICIPAÇÕES (AMAGGI)

SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS

FUNDAÇÃO: 1977, EM SÃO MIGUEL DO IGUAÇU (PR)

RECEITA: R$ 47,37 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: JUDINEY CARVALHO DE SOUZA

Sediado em Mato Grosso desde 1979, o Grupo Amaggi é o maior produtor de soja de capital 100% nacional. Produz 1,2 milhão de toneladas anuais de soja, milho e algodão, além de importar e distribuir produtos agrícolas para Argentina, Holanda, Suíça, Paraguai, China e Singapura. Atua em logística e é dona de duas fábricas de fertilizantes nos municípios de Comodoro e Sinop, no Mato Grosso. No setor energético, a capacidade de produção torna a empresa autossuficiente, comercializando o excedente para o Sistema Integrado Nacional (SIN), que distribui eletricidade no Brasil.

 

 

13 – LOUIS DREYFUS

SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS

FUNDAÇÃO: 1851, NA ALSÁCIA (FRANÇA); NO BRASIL DESDE 1942

RECEITA: R$ 45,52 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: MURILO PARADA

A empresa chegou ao Brasil na década de 1940 com a aquisição da Comércio de Indústrias Brasileiras (Coinbra), uma das principais empresas de venda de café, produtos cítricos, oleaginosas e açúcar da época. Em 1974, iniciou a expansão do mercado de oleaginosas com a primeira fábrica para o processamento de soja no país, em Ponta Grossa (PR). Opera 60 unidades industriais e é uma das 10 maiores exportadoras do Brasil. Desde 2022, atua como comercializadora no mercado livre de energia a partir da biomassa da cana.

 

14 – MINERVA

SETOR: PROTEÍNA ANIMAL

FUNDAÇÃO: 1957, EM BARRETOS (SP)

RECEITA: R$ 30,98 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: FERNANDO GALETTI DE QUEIROZ

A Minerva Foods é líder em exportação de carne bovina na América do Sul. Em 2023, fez a maior transação comercial de sua história ao adquirir 16 plantas de abate e desossa da Marfrig por R$ 7,5 bilhões. Com a compra, ela reforça seu posicionamento em importantes estados de produção, como o Mato Grosso do Sul, e amplia sua presença em países exportadores, como Argentina e Uruguai, tornando-se o principal frigorífico na América do Sul e o segundo maior do Brasil, com capacidade de abate de 22.300 cabeças.

 

 

15 – YARA BRASIL FERTILIZANTES

SETOR: AGROQUÍMICA E INSUMOS

FUNDAÇÃO: 1905 , OSLO, NA NORUEGA; NO BRASIL DESDE 2000

RECEITA: R$ 29,78 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: MARCELO ALTIERI

A Yara é uma empresa líder no setor de fertilizantes no Brasil e globalmente. Ela atua na produção, comercialização e distribuição de fertilizantes, com ênfase em soluções inovadoras para a agricultura sustentável. A empresa oferece uma ampla gama de produtos, incluindo fertilizantes nitrogenados, fosfatados e potássicos, além de serviços de consultoria agrícola. Em 2022, a companhia anunciou a construção de uma fábrica de demonstração de hidrogênio verde em uma unidade de produção de amônia na Noruega.

 

16 – COAMO

SETOR: COOPERATIVAS

FUNDAÇÃO: 1970, EM CAMPO MOURÃO (PR)

RECEITA: R$ 26,07 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: AIRTON GALINARI

Localizada no centro-oeste do Paraná, a Coamo tem 123 unidades de produção em 74 municípios nos estados do Paraná, de Santa Catarina e do Mato Grosso do Sul. Elas recebem a produção agrícola de 31 mil produtores cooperados. O principal produto entregue é a soja, seguido por milho, trigo e café. Em 2022, mesmo frente aos problemas climáticos que afetaram a safra de verão e de trigo, a cooperativa entregou um faturamento positivo, com crescimento de 14% acima do registrado em 2021.

 

 

17 – C.VALE

SETOR: COOPERATIVAS

FUNDAÇÃO: 1963, EM PALOTINA (PR)

RECEITA: R$ 22,44 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: ALFREDO LANG

A C.Vale, com sede em Palotina (PR), possui 215 unidades de negócios no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraguai. Conta com 26 mil cooperados e 13.700 funcionários. É destaque na produção de soja, milho, trigo, mandioca, leite, frango, peixe e suínos. Também foca na sustentabilidade, implementando práticas ambientais responsáveis e participando de programas de preservação. Entre os planos de investimento recentes, está o aporte de R$ 1 bilhão na construção de uma esmagadora de soja.

 

18 – LAR COOPERATIVA

SETOR: COOPERATIVAS

FUNDAÇÃO: 1964, EM MISSAL (PR)

RECEITA: R$ 21,07 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: IRINEO DA COSTA RODRIGUES

Com 13 mil cooperados e 25.400 funcionários, a Lar é a terceira maior cooperativa do Paraná, reunindo produtores rurais e somando 78 unidades de negócios também em Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A cooperativa reúne produtores de grãos como soja, milho e trigo, além de atuar na produção de carne de aves e suínos, ovos e leite. O grande destaque tem sido a aposta na formação e na capacitação de funcionários e cooperados com uma série de cursos da Lar Escola de Formação, inaugurada em 2022, e da Lar Universidade Corporativa, fundada em 2020.

 

 

19 – AURORA ALIMENTOS

SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS

FUNDAÇÃO: 1969, EM CHAPECÓ (SP)

RECEITA: R$ 20,41 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: NEIVOR CANTON

A Aurora Alimentos nasceu da fusão de oito cooperativas catarinenses no fim da década de 1960 e é uma das líderes na produção de alimentos no Brasil, terceira maior indústria brasileira de carnes. Quatro marcas distribuem e comercializam um mix de mais de 850 produtos, com uma variedade de itens nas linhas de frango, suínos, industrializados, lácteos e massas. Atualmente, conta com 13 cooperativas filiadas e mais de 85 mil produtores associados.

 

20 – KLABIN

SETOR: CELULOSE, MADEIRA E PAPEL

FUNDAÇÃO: 1890, EM SÃO PAULO (SP)

RECEITA: R$ 20,03 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: CRISTIANO CARDOSO TEIXEIRA

Com 22 fábricas no Brasil e uma na Argentina, a Klabin é a mais antiga fábrica de papel do país. Teve seu capital aberto em 1979 e em 1998 foi a primeira empresa brasileira a certificar o manejo florestal e de papel no Hemisfério Sul. A companhia produz 3,1 milhões de toneladas de papéis e 1,6 milhão de toneladas de celulose para o mercado, em uma área de 719 mil hectares, sendo que 42% do total são áreas de conservação. São 356 mil hectares de áreas produtivas. A Klabin planta, em média, 90 árvores por minuto.

 

 

21 – TEREOS

SETOR: AGROENERGIA

FUNDAÇÃO: 1932, EMAISNE (FRANÇA); NO BRASIL DESDE 2002

RECEITA: R$ 18,36 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: PIERRE SANTOUL

A Tereos é um conglomerado cooperativo francês, ativo nos mercados de matérias-primas agrícolas processadas, em particular açúcar, etanol, amido e adoçante. Possui cerca de 50 fábricas em 13 países, incluindo Brasil, Índia, Indonésia, Quênia, Tanzânia, Bélgica e França, e emprega cerca de 20 mil pessoas. Iniciou suas atividades no Brasil com a aquisição da Açúcar Guarani, com unidades concentradas no interior paulista. É o segundo maior produtor de açúcar do país. O negócio de amido, também a partir de São Paulo, tem um portfólio de produtos derivados de milho e mandioca.

 

22 – COMIGO

SETOR: COOPERATIVAS

FUNDAÇÃO: 1975, EM RIO VERDE (GO)

RECEITA: R$ 15,32 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: ANTONIO CHAVAGLIA

A Comigo está presente em 17 municípios em Goiás, com 43 unidades de negócios. Oferece serviços e soluções para seus cooperados nas áreas de produção de grãos, armazenagem, comercialização e industrialização de alimentos. Ela reúne 3.300 funcionários e 10.500 produtores para a colheita de grãos como soja, milho e sorgo. O destaque recente foi um investimento de cerca de R$ 1 bilhão em novas estruturas e em modernizações, como lojas agropecuárias e armazéns de grãos, além da instalação de uma fábrica de suplemento mineral.

 

 

23 – AGROGALAXY PARTICIPAÇÕES

SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS

FUNDAÇÃO: 2016, EM SÃO PAULO (SP)

RECEITA: R$ 11,59 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: SHEILA ALBUQUERQUE

A AgroGalaxy está na lista das grandes plataformas de varejo do agronegócio brasileiro, atuando desde a produção de sementes, originação, armazenamento e comercialização de grãos até a prestação de serviços. A jovem empresa cresceu por meio de aquisições de plataformas eletrônicas e físicas de distribuição de insumos. Foram oito empresas adquiridas ao longo dos últimos anos. Tem uma estrutura de oito silos para armazenamento de grãos, 13 unidades de sementes e 167 lojas espalhadas pelo país.

 

24 – COCAMAR

SETOR: COOPERATIVAS

FUNDAÇÃO: 1963, EM MARINGÁ (PR)

RECEITA: R$ 10,32 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: DIVANIR HIGINO DA SILVA

A Cocamar completa 60 anos de história com cerca de 110 unidades nos estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. Reúne 3.800 funcionários e cerca de 20 mil cooperados produtores de soja, milho, trigo, café, laranja e pecuária. A cooperativa tem um trabalho intenso para estimular, entre seus cooperados, as boas práticas e a preservação do meio ambiente, o que é feito com o incentivo à adoção da integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e com a pecuária precoce, com o abate de bovinos de até 20 meses de idade.

 

 

25 – M. DIAS BRANCO

SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS

FUNDAÇÃO: 1936, EM EUSÉBIO (CE)

RECEITA: R$ 10,13 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: FRANCISCO IVENS DE SÁ DIAS BRANCO JÚNIOR

A fabricante de alimentos M. Dias Branco conquistou a marca histórica de R$ 10 bilhões de faturamento em 2022, aumentou seu Ebitda em patamares superiores ao ganho de receita e, mesmo depois de ir às compras, fechou o ano com um lucro líquido apenas 4,6% menor do que o do ano anterior. O resultado foi favorecido pelo aumento de 8,5% no volume de vendas, em especial de duas categorias: biscoitos e massas. A empresa é dona de marcas conhecidas, como Adria, Piraquê, Jasmine, Vitarella e Basilar.

 

26 – COOXUPÉ

SETOR: COOPERATIVAS

FUNDAÇÃO: 1932, EM GUAXUPÉ (MG)

RECEITA: R$ 10,11 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: CARLOS AUGUSTO RODRIGUES DE MELO

A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, a mineira Cooxupé, conta com 18 mil cooperados. Destes, 13.300 entregaram café à cooperativa em 2022, sendo que 98,4% são da agricultura familiar. É a maior produtora e exportadora individual de café do mundo. Em 2022, recebeu 5 milhões de sacas de café e respondeu sozinha por 15% da produção nacional de café arábica. Fez exportações diretas de 5,2 milhões de sacas. Seus produtores estão em cerca de 200 municípios das regiões do sul e do Cerrado de Minas, além da região do Vale do Rio Pardo, em São Paulo.

 

 

27 – AGRÍCOLA ALVORADA

SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS

FUNDAÇÃO: 2002, EM PRIMAVERA DO LESTE (MT)

RECEITA: R$ 9,97 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: JARBAS WEIS

A Alvorada nasceu com três modelos de negócio complementares: compra direta, troca e venda de insumos. Desde 2017, estabeleceu uma parceria com a Bunge Alimentos. Mantém 23 unidades no Vale do Araguaia e na porção sudeste de Mato Grosso. Possui capacidade estática de armazenagem de 1,94 milhão de toneladas, capacidade diária de transporte de 58 mil toneladas de produtos e de 86,5 mil toneladas de recebimento de produtos.

 

28 – BE8

SETOR: AGROENERGIA

FUNDAÇÃO: 2005, EM PASSO FUNDO (RS)

RECEITA: R$ 9,60 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: E R AS M O C A R L O S

BATTISTELLA

A BSBios mudou seu nome para Be8, mas, com a produção de 889 mil metros cúbicos de biodiesel, manteve a liderança em volume produzido no país, com 14,24% do market share do setor. A companhia possui seis unidades espalhadas pelo Brasil, Chile e Paraguai. Além do diesel renovável, produz grãos e farelo de soja e glicerina. A unidade do Paraguai é estratégica para a produção de biocombustíveis avançados para atender a setores como a aviação civil e as indústrias química e petroquímica.

 

 

29 – COOPERCITRUS

SETOR: COOPERATIVAS

FUNDAÇÃO: 1976, EM BEBEDOURO (SP)

RECEITA: R$ 9,03 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: FERNANDO DEGOBBI

A Coopercitrus possui 160 unidades de negócios, espalhadas por 65 municípios em São Paulo, Minas Gerais e Goiás. Tem 39 mil cooperados e 3.200 funcionários. Atua com café, milho, soja e açúcar, além de produzir sementes, insumos e ração animal, bem como comercializar máquinas agrícolas e administrar lojas de conveniência, shoppings rurais e postos de combustíveis. Cada vez mais antenada à transformação digital no campo, a Coopercitrus vem colhendo resultados com a iniciativa Campo Digital, que em 2022 contou com 36 empresas parceiras dando assistência a cerca de 8 mil cooperados.

 

30 – CAMIL ALIMENTOS

SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS

FUNDAÇÃO: 1963, EM ITAQUI (RS)

RECEITA: R$ 9,02 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: LUCIANO MAGGI QUARTIERO

Com meio século de atuação no mercado brasileiro, a Camil não é feita apenas de arroz e feijão. Ela atua no mercado de açúcar, pescados, massas e biscoitos, dona de marcas top of mind para o consumidor brasileiro e latino-americano, como Coqueiro, União e Santa Amélia, entre outras. Em 2022, intensificou sua estratégia de consolidação como plataforma de alimentos na América Latina com um mix potencial de crescimento e maior valor agregado, com produtos como o café. A empresa encerrou o ano com crescimento de 13,2% sobre o faturamento anterior.

 

 

31 – CARAMURU ALIMENTOS

SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS

FUNDAÇÃO: 1964, EM MARINGÁ (PR)

RECEITA: R$ 8,63 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: JÚLIO CÉSAR DA COSTA

A Caramuru é um dos principais grupos brasileiros no processamento de soja, milho, girassol e canola, além de ser líder no segmento de commodities diferenciadas e produtos não transgênicos (NGMO). Hoje sediada em Itumbiara (GO), está presente nos estados do Amapá, Pará, Paraná, Mato Grosso e São Paulo e conta com 2.400 funcionários. A companhia encerrou 2022 com geração recorde de mais de R$ 8 bilhões em receita líquida, crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior. Também atingiu um patamar mais alto com o Ebitda ajustado de R$ 639,2 milhões.

 

32 – INPASA BRASIL

SETOR: AGROENERGIA

FUNDAÇÃO: 2007, EM NOVA ESPERANÇA, NO PARAGUAI;

NO BRASIL DESDE 2018

RECEITA: R$ 8,59 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: JOSÉ ODVAR LOPES

Com a soma das cinco unidades, duas no Paraguai e três no Brasil, o grupo Inpasa é considerado o maior produtor de etanol de milho da América Latina. A produção anual é de 2,5 bilhões de litros desse combustível, 1,3 milhão de toneladas de DDGS (coproduto do etanol, oriundo da fermentação de grãos), 150 milhões litros de óleo de milho e 1.022 GWh de energia elétrica. No esforço de descarbonização de todos os processos, do campo ao consumidor, a companhia está investindo na eficiência do transporte em diversos modais de forma integrada.

 

 

33 – DEXCO

SETOR: CELULOSE, MADEIRA E PAPEL

FUNDAÇÃO: 1961, EM SÃO PAULO (SP)

RECEITA: R$ 8,49 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: ANTONIO JOAQUIM DE OLIVEIRA

A Dexco é a maior empresa do setor de construção civil no país. Embora conhecida pela forte atuação em louças e metais sanitários, é também uma grande gestora de florestas, com 140 mil hectares de eucalipto plantados nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Detém o selo FSC® (Forest Stewardship Council®) para manejo florestal desde 1995, totalizando 28 anos de fomento e adoção de boas práticas para o alinhamento de resultados recordes à conservação da biodiversidade nas cinco unidades florestais que possui.

 

34 – UPL DO BRASIL

SETOR: AGROQUÍMICA E INSUMOS

FUNDAÇÃO: 1969, EM MAHARDRASH (ÍNDIA); NO BRASIL DESDE 2012

RECEITA: R$ 8,48 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: ROGÉRIO CASTRO

Fundada há cerca de cinco décadas como United Phosphorus Limited, a UPL está entre as quatro maiores companhias de produtos e soluções agrícolas sustentáveis do mundo. A empresa atua em 130 países e conta com cerca de 10 mil colaboradores. Seus produtos são voltados para soja, milho, cana-de-açúcar, arroz, café, citros, algodão e hortifrúti. A meta da empresa é rever a proporção entre produtos químicos e biológicos no portfólio, tornando a linha sustentável responsável por 50% do faturamento até 2027.

 

 

35 – COOPERALFA

SETOR: COOPERATIVAS

FUNDAÇÃO: 1967, EM CHAPECÓ (SC)

RECEITA: R$ 8,41 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: ROMEO BET

A Cooperalfa conta com 22 mil produtores, 4 mil funcionários e está presente em 176 unidades de negócios em Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Atua em lojas agropecuárias, silos, supermercados, granjas, centros de distribuição, indústrias processadoras, postos de combustíveis e distribuição de insumos. Ao completar 55 anos, em 2022, a cooperativa inaugurou o maior empreendimento de sua história: uma indústria de extração de óleo de soja com um aporte de R$ 300 milhões que triplicou sua capacidade de processamento.

 

36 – INTEGRADA COOPERATIVA

SETOR: COOPERATIVAS

FUNDAÇÃO: 1995, EM LONDRINA (PR)

RECEITA: R$ 8,32 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: JORGE HASHIMOTO

Presente em 51 municípios, a Integrada conta com 12 mil cooperados e 2 mil funcionários. É atuante nos mercados de soja, milho, trigo, café, laranja, entre outras culturas. Possui 15 regionais e 65 unidades de recebimento nos estados do Paraná e de São Paulo. Em 2022, a cooperativa priorizou investimentos para ampliações e melhorias das estruturas de recebimento e armazenagem. Foram cerca de R$ 150 milhões em obras. A cooperativa também instalou 26 usinas solares, diversificando sua matriz energética.

 

 

37 – BELAGRÍCOLA

SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS

FUNDAÇÃO: 1985, EM BELA VISTA DO PARAÍSO (PR)

RECEITA: R$ 8,17 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: ALBERTO ARAÚJO

A Belagrícola evoluiu de uma revenda de produtos agrícolas para se tornar um dos maiores distribuidores de insumos agrícolas e comercializadores de grãos do Brasil. Atualmente, a companhia conta com 55 pontos de revenda, 75 unidades de recebimento de grãos, padronização e armazenagem com capacidade estática de estocagem de cerca de 1,4 milhão de toneladas. A companhia atende cerca de 8.500 produtores nos estados do Paraná, São Paulo e Santa Catarina.

 

38 – BP BUNGE BIOENERGIA

SETOR: AGROENERGIA

FUNDAÇÃO: 2019, EM SÃO PAULO (SP)

RECEITA: R$ 7,94 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: MARIO LINDENHAYN

Formada pela joint venture das operações de açúcar e etanol da petroleira britânica BP e da Bunge, a BP Bunge Bioenergia (origem holandesa) está entre as maiores do setor sucroenergético do país. Tem 11 unidades agroindustriais com capacidade de moagem de 32,4 milhões de toneladas de cana por safra, com presença em cinco estados (GO, MS, MG, SP e TO). Possui a capacidade de produção anual de 1,7 milhão de toneladas de açúcar, 1,7 milhão de metros cúbicos de etanol e 1.400 GWh de geração de energia para exportação.

 

 

39 – CIBRAFÉRTIL

SETOR: AGROQUÍMICA E INSUMOS

FUNDAÇÃO: 1994, EM CAMAÇARI (BA)

RECEITA: R$ 7,79 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: SANTIAGO FRANCO

Fundada na Bahia pelo Grupo Paranapanema, a Cibrafértil, mais conhecida como Cibra, é controlada desde 2012 pelo grupo americano Omimex e pela mineradora britânica Anglo American. O Omimex opera nos segmentos de petróleo e gás nos EUA e no Canadá e de fertilizantes na América Latina. Além de uma fábrica de superfosfato simples em Camaçari, a Cibra tem nove unidades misturadoras para a elaboração do composto NPK nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste. Em 2022, lançou o CibraCoin, primeiro criptoativo vinculado a fertilizantes.

 

40 – LATICÍNIOS BELA VISTA/PIRACANJUBA

SETOR: PROTEÍNA ANIMAL

FUNDAÇÃO: 1955, EM PIRACANJUBA (GO)

RECEITA: R$ 7,72 BILHÕES

PRINCIPAIS EXECUTIVOS: CESAR HELOU E MARCOS HELOU

A Laticínios Bela Vista, uma das três maiores indústrias de lácteos do país, é dona da marca Piracanjuba. O grupo opera com capacidade produtiva de 6 milhões de litros de leite por dia. Como parte da estratégia de crescimento, desde o início de 2023, a companhia deixou de ser uma sociedade limitada para se tornar uma sociedade anônima, de capital fechado. A mudança faz parte do processo de estruturação e profissionalização da companhia, que emprega 3.500 colaboradores diretos em sete unidades fabris e 12 postos de resfriamento.

 

 

41 – FS BIOENERGIA

SETOR: AGROENERGIA

FUNDAÇÃO: 2017, EM LUCAS DO RIO VERDE (MT)

RECEITA: R$ 7,55 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: RAFAEL DAVIDSOHN ABUD

A FS iniciou suas operações em junho de 2017, com capacidade de produzir 200 milhões de litros de etanol por ano. Atualmente, já são cerca de 1,5 bilhão de litros por ano, além de 50 mil toneladas de óleo de milho, 415 mil megawatts de energia elétrica e 1,2 bilhão de toneladas de DDGs, os ingredientes para nutrição animal. A meta para 2023 é chegar a 2 bilhões de litros de etanol e 1,7 milhão de toneladas de DDGs. A companhia possui três unidades em operação e mais três em projeto em Mato Grosso.

 

42 – ELDORADO BRASIL CELULOSE

SETOR: CELULOSE, MADEIRA E PAPEL

FUNDAÇÃO: 2005, EM TRÊS LAGOAS (MS)

RECEITA: R$ 7,54 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: CARMINE DE SIERVI

A Eldorado produz celulose de eucalipto de alta qualidade e padrão global, utilizando a madeira colhida em florestas plantadas na porção sul de Mato Grosso do Sul e certificadas para abastecer 45 países em todos os continentes, sendo a Ásia o principal destino do produto. A produção é de 5 mil toneladas de celulose/dia, das quais 90% são direcionadas ao mercado externo. Em 2022, a empresa atingiu a marca de 16,5 milhões de toneladas de celulose produzidas nos últimos 10 anos, meta projetada somente para 2023.

 

 

43 – SLC AGRÍCOLA

SETOR: ALIMENTOS E BEBIDAS

FUNDAÇÃO: 1977, EM HORIZONTINA (RS)

RECEITA: R$ 7,37 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: AURÉLIO PAVINATO

Nasceu em 1945 como uma pequena oficina de manutenção de ferramentas de agricultores no interior do Rio Grande do Sul. Em 1977, tornou-se a SLC Agrícola, hoje uma das maiores produtoras mundiais de algodão, soja e milho. Sediada na capital gaúcha, a companhia soma 22 unidades de produção em sete estados brasileiros, que totalizaram 674 mil hectares no ano safra 2022/23. No ano passado, a companhia aumentou de 11 para 13 o número de biofábricas destinadas à produção de defensivos naturais, os bioinsumos.

 

44 – FRÍSIA AGROINDUSTRIAL

SETOR: COOPERATIVAS

FUNDAÇÃO: 1925, EM CARAMBEÍ (PR)

RECEITA: R$ 7,06 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: RENATO GREIDANUS

A Frísia foi a primeira cooperativa de produção a se instalar no Paraná e a segunda de todo o Brasil. Possui 13 lojas e anualmente produz 1,3 milhão de litros de leite, 30,5 mil toneladas de carne suína e 75,7 mil toneladas de produção florestal. Reúne cerca de mil produtores cooperados e 1.200 funcionários no Paraná e Tocantins. O plano da empresa é investir R$ 1 bilhão até 2025, meta do projeto Rumo aos 100 Anos, em iniciativas de expansão em grãos, carnes e lácteos, mais os setores de apoio, como processamento, logística e serviços.

 

 

45 – CASTROLANDA

SETOR: COOPERATIVAS

FUNDAÇÃO: 1951, EM CASTRO (PR)

RECEITA: R$ 6,94 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: WILLEM BEREND BOUWMAN

Com quase 4 mil funcionários e 1.200 cooperados, a Castrolanda conta com unidades de negócios divididas em operações agrícola e industrial para carnes, leite e batata. O perfil dos produtores é variado, indo de grandes produções à agricultura familiar. A cooperativa inovou ao criar, ao lado de outras duas cooperativas paranaenses, a Frísia e a Capal, uma holding destinada a obter ganhos de escala. Unidas, as três organizações congregam mais de 5.200 cooperados que produzem para o mercado interno e já exportam para 25 países.

 

46 – 3TENTOS

SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS

FUNDAÇÃO: 1995 , EM SANTA BÁRBARA DO SUL (RS)

RECEITA: R$ 6,89 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: LUIZ OSÓRIO DUMONCEL

A 3tentos é uma empresa de origem familiar criada em 1995 para vender sementes de trigo no Rio Grande do Sul. Atualmente, está na área de fertilizantes e defensivos agrícolas e é uma importante trading de milho e soja. Em 2022, faturou R$ 6,9 bilhões, resultado 29% superior em relação ao ano anterior. O Mato Grosso, mercado recém-aberto, representou 13% da receita líquida no segmento de insumos. A empresa abriu nove novas lojas, encerrando o ano com um total de 57 pontos comerciais. A área agricultável coberta pela 3tentos é de 9,1 milhões de hectares.

 

 

47 – SÃO MARTINHO

SETOR: AGROENERGIA

FUNDAÇÃO: 1907, EM PRADÓPOLIS (SP)

RECEITA: R$ 6,63 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: FÁBIO VENTURELLI

Controlado pela holding LJN Participações, da família Ometto, o grupo sucroalcooleiro é um gigante do setor . A empresa opera com quatro usinas e conta com 12.500 colaboradores e capacidade de moagem de cerca de 24 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Desde 2021, a São Martinho é sócia-fundadora do Cubo Agro, o maior hub da América Latina para fomentar o desenvolvimento tecnológico de startups no agronegócio. Desde 2020, o grupo investiu R$ 700 milhões em um projeto greenfield de usina de etanol de milho em Quirinópolis (GO), que entrou em atividade neste ano.

 

48 – ALIANÇA AGRÍCOLA DO CERRADO

SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS

FUNDAÇÃO: 1994, EM LUXEMBURGO; NO BRASIL DESDE 2009

RECEITA: R$ 6,62 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: DANILO JORGE

Pertence ao Grupo Sodrugestvo, que se consolida como a maior companhia agroindustrial na Rússia. A companhia no Brasil tem se destacado como referência no armazenamento e comércio de grãos, além de atuar de forma direta no esmagamento de soja para a produção de farelo e óleo. Conta com 17 filiais de trading de grãos, três fábricas de processamento de soja, cinco armazéns próprios e uma capacidade total de 432 mil toneladas, além de operação em oito portos e transbordos ferroviários.

 

 

49 – IHARA INDÚSTRIAS QUÍMICAS

SETOR: AGROQUÍMICA E INSUMOS

FUNDAÇÃO: 1965, EM SÃO PAULO (SP)

RECEITA: R$ 6,02 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: JULIO BORGES GARCIA

A Iharabras Indústrias Químicas, mais conhecida como Ihara, é uma empresa brasileira com o quadro societário majoritário de sete empresas japonesas. Hoje sediada em Sorocaba (SP), atua com pesquisa e desenvolvimento de novos produtos para a proteção de cultivos e pastagens contra doenças, pragas e plantas daninhas. A companhia conta com um portfólio de fungicidas, herbicidas, inseticidas, biológicos, acaricidas e produtos especiais, somando mais de 80 produtos para a proteção de 100 tipos de cultivo.

 

50 – COTRIJAL

SETOR: COOPERATIVAS

FUNDAÇÃO: 1957, EM NÃO-ME-TOQUE (RS)

RECEITA: R$ 5,80 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: NEI CÉSAR MANICA

Com 17 mil cooperados e 2.500 funcionários, a Cotrijal atua em 53 municípios no Rio Grande do Sul na produção de grãos, como soja, milho, trigo, cevada e canola. São 79 unidades de recebimento de produtos do campo, além de unidade de beneficiamento de sementes, fábrica de rações, lojas agropecuárias, 16 supermercados e um atacado. No ano passado, foi incorporada a cooperativa Coagrisol, de Soledade (RS), com 200 produtores. O faturamento da Cotrijal foi recorde em 2022, com meta de chegar a uma receita de R$ 8,9 bilhões até 2025.

 

 

51 – FERTILIZANTES HERINGER

SETOR: AGROQUÍMICA E INSUMOS

FUNDAÇÃO: 1968, EM MANHUAÇU (MG)

RECEITA: R$ 5,68 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: DALTON CARLOS HERINGER

A Heringer opera por meio de 14 unidades de produção, comercialização e distribuição de fertilizantes. Tem seu capital aberto do Novo Mercado da B3 desde 2007. Em junho deste ano, comunicou a venda de 51,48% de suas ações ordinárias para a suíça Eurochem, uma das líderes globais de fertilizantes, com unidades de produção na Rússia, Bélgica, Cazaquistão e Lituânia. A Heringer foi fundada em 1968 em Minas Gerais, mas se estabeleceu e cresceu no Espírito Santo, chegando a operar 20 unidades de produção no país.

 

52 – FIAGRIL

SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS

FUNDAÇÃO: 1987, EM LUCAS DO RIO VERDE (MT)

RECEITA: R$ 5,62 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: HENRIQUE ALEXANDRE MAZZARDO

A Fiagril é referência no fornecimento de insumos agrícolas, na assistência técnica ao agricultor, na originação de grãos e na produção de biodiesel. A companhia, que tem filiais nos estados de Mato Grosso, Tocantins, Rondônia e Pará, negocia com mais de 10 países, principalmente por meio de transações com a Ásia. Ela conta com oito armazéns próprios, com capacidade estática de 615 mil toneladas de grãos. Além disso, construída em 2007, a fábrica de biodiesel da Fiagril produz cerca de 202 mil metros cúbicos de biocombustível sustentável a partir do óleo de soja, algodão e milho.

 

 

53 – FRIMESA

SETOR: PROTEÍNA ANIMAL

FUNDAÇÃO: 1977, EM FRANCISCO  BELTRÃO (PR)

RECEITA: R$ 4,81 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: VALTER VANZELLA

Com 10 mil funcionários e 3.100 produtores cooperados, a Frimesa atua nas cadeias de carne suína e de lácteos. É um exemplo de intercooperação de cinco cooperativas paranaenses: Copagril, Lar, C.Vale, Primato e Copacol. Conta com seis unidades fabris: três para o processamento de carne suína e três para a industrialização de derivados lácteos. Em 2025, o plano é atingir um faturamento de R$ 8 bilhões, com a meta de 3% de sobra líquida, que corresponde ao lucro das operações, devolvido aos cooperados. A atual sede é em Medianeira (PR).

 

54 – GRUPO LINCOLN JUNQUEIRA

SETOR: AGROENERGIA

FUNDAÇÃO: 1978, EM COLORADO (PR)

RECEITA: R$ 4,67 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: JOSÉ FRANCISCO MALHEIRO JUNQUEIRA FIGUEIREDO

Também conhecido como Alto Alegre, o Grupo Lincoln Junqueira conta com duas plantas em São Paulo e três no Paraná. Tem capacidade para processar 17,5 milhões de toneladas de cana por safra e para produzir 17,6 milhões de sacas de açúcar cristal branco, 5,4 milhões de sacas de açúcar refinado amorfo, 10,6 milhões de sacas de açúcar VHP e 100 mil sacas de açúcar demerara. Também produz 420 milhões de litros de etanol carburante e tem capacidade para cogerar 700 gigawatts de energia a partir da biomassa.

 

55 – COPLACANA

SETOR: COOPERATIVAS

FUNDAÇÃO: 1948, EM PIRACICABA (SP)

RECEITA: R$ 4,62 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: ARNALDO ANTONIO BORTOLETTO

A Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo foi a primeira instituição de produtores do estado. Possui 35 filiais, com 27 em São Paulo e as demais em Minas Gerais, Paraná e Goiás, além de Mato Grosso do Sul, que recebeu investimentos para expandir os negócios em 2022 no Centro-Oeste. São 29 unidades que fornecem insumos agrícolas aos 10.400 cooperados. Também conta com três lojas concessionárias da Massey Ferguson, duas unidades de recebimento de grãos, uma unidade de confinamento e 45 silos parceiros, além de duas fábricas de ração.

 

56 – AGRO AMAZÔNIA

SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS

FUNDAÇÃO: 1983, EM CUIABÁ (MT)

RECEITA: R$ 4,53 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: ROBERTO MOTTA

É a distribuidora de insumos do grupo japonês Sumitomo, dono de cerca de 900 empresas em todo o mundo, e está a passos largos tornando-se uma das grandes companhias desse setor no país. Conta com 63 lojas em nove estados e estuda mais investimentos, como a abertura de outras lojas, além de um aporte na indústria de sementes. Em 2023, ano em que completa 40 anos no Brasil, a projeção da companhia é crescer 7,1% no faturamento. O carro-chefe das vendas é o glifosato, um dos principais herbicidas no mundo.

 

57 – AGROFEL

SETOR: COMÉRCIO E TRADINGS

FUNDAÇÃO: 1977, EM PALMEIRA DAS MISSÕES (RS)

RECEITA: R$ 4,48 BILHÕES

PRINCIPAL EXECUTIVO: RONALDO FERRARIN

Em 2023, a companhia completou 46 anos, com 53 unidades de atendimento, todas localizadas no Rio Grande do Sul. A empresa alcança cerca 15 mil agricultores no estado, com um portfólio de produtos como sementes, fer