29/05/2018

Fórum Sucroenergético: 220 das 340 usinas do Centro-Sul estão paradas

Fórum Sucroenergético: 220 das 340 usinas do Centro-Sul estão paradas

O Fórum Nacional Sucroenergético informou que ao menos 220 das 340 usinas produtoras de açúcar e etanol do Centro-Sul do País estão com a produção parada por conta da greve dos caminhoneiros. A suspensão nas operações ocorre pela falta de diesel utilizado na colheita, plantio e irrigação da cana-de-açúcar, e de outros insumos, principalmente produtos químicos como cal, ácido sulfúrico, para o processo industrial.

"Caso o problema persista, até a próxima quinta-feira (31) todas as unidades produtoras desta região estarão com suas atividades interrompidas", informou a entidade em comunicado. O Centro-Sul é responsável por 94% da produção de etanol no País e as usinas geram 600 mil empregos diretos. As outras usinas estão localizadas no Nordeste do Brasil, que está no período de entressafra de cana-de-açúcar e as unidades estão fechadas.

O Fórum Nacional Sucroenergético estima perda de receita de R$ 300 milhões com a paralisação iniciada no dia 21 de maio. As usinas deixaram de produzir mais de 250 mil toneladas de açúcar e 300 milhões de litros de etanol no período. "Estamos em plena safra e as distribuidoras não conseguem tirar os produtos para entrega nos postos para o abastecimento", informou.

O comunicado informa que as usinas terão dificuldades em pagar salários, fornecedores e impostos, pois não há faturamento. "Além do setor e da sociedade, os governos serão afetados com uma arrecadação de impostos menor". Outro problema que pode ocorrer caso as usinas permaneçam fechadas é o corte no fornecimento de energia elétrica para o sistema, cogerada por meio da queima do bagaço da cana (Broadcast, 28/5/18)


Perda de R$ 300 milhões/dia: Centro-Sul pode parar toda moagem de cana

Ao menos 220 usinas de cana estão paradas em todo o Centro-Sul do Brasil em decorrência dos protestos de caminhoneiros, disse nesta segunda-feira o Fórum Nacional Sucroenergético, alertando que todas as 340 unidades podem suspender as atividades até quinta-feira caso as manifestações persistam.

“O motivo da paralisação é a falta de óleo diesel, utilizado na colheita, plantio e irrigação da cana-de-açúcar, e de outros insumos, principalmente produtos químicos como cal, ácido sulfúrico, entre outros”, destacou o Fórum, principal entidade nacional do setor sucroenergético.

Conforme o Fórum, o Centro-Sul é responsável por 94 por cento da produção de etanol no país, e a perda de receita estimada já é de 300 milhões de reais ao dia.

“Nesses dias, as usinas estão deixando de produzir mais de 250 mil toneladas de açúcar e 300 milhões de litros de etanol por dia. Estamos em plena safra e as distribuidoras não conseguem tirar os produtos para entrega nos postos para o abastecimento.”

A entidade alerta para o risco de o setor ter dificuldades em pagar salários, de o governo arrecadar menos e de haver menos bagaço para cogeração de energia.

Mais cedo, consultorias e a própria União da Indústria de Cana-de-açúcar afirmaram que a moagem de cana no Centro-Sul na segunda quinzena de maio poderá ser 10 milhões de toneladas menor na comparação anual, enquanto todas as usinas de São Paulo tendem a parar já na terça-feira (Reuters, 28/5/18)


Todas as 150 usinas de cana em SP estarão paradas a partir de hoje 

Falta diesel e peças para máquinas e equipamentos, além de alimentos para refeitórios e outros insumos.

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) informou nesta segunda-feira, 28, que ao menos até terça-feira, 29, todas as 150 usinas e os 14 mil fornecedores de cana-de-açúcar do Estado de São Paulo estarão paralisados por conta da greve dos caminhoneiros. Segundo a associação, a medida ocorre por falta de diesel e peças para máquinas e equipamentos, além de alimentos para refeitórios e outros insumos. Em São Paulo, o setor gera mais de 310 mil empregos diretos e responde por 60% da produção brasileira de açúcar e etanol. "Esse contingente processa diariamente mais de 2 milhões de toneladas de cana, produz 150 mil toneladas de açúcar e 100 milhões de litros de etanol por dia", com perda diária de receita de R$ 180 milhões, informou a Unica.

Segundo a associação, "o cenário é preocupante porque, além de aumentar os custos de produção", a queda no faturamento pode "comprometer a sobrevivência de empresas que já estão com nível de endividamento elevado diante da crise vivenciada pelo setor sucroenergético". A Unica informa que o atraso no período de moagem da cana, que está em plena colheita da safra 2018/2019, "pode trazer ônus expressivo ao setor e comprometer severamente a entrega dos produtos e a postergação do período de moagem". A Unica relatou também, sem citar locais, que algumas usinas tiveram canaviais, "criminalmente, incendiados, após tentarem entregar etanol para garantir o mínimo de suprimento à população".

A queima prejudica a produtividade da cana, que não pode ser colheita, ou que tem a colheita antes da maturação total. "A Unica reforça que o setor está pronto para contribuir com a retomada das atividades da economia tão logo a greve seja interrompida. As unidades produtoras possuem equipes preparadas para entregar produtos, especialmente etanol, durante todos os dias, incluindo finais de semana e feriados", concluiu (Época Negócios, 28/5/18)


Falta de óleo diesel interrompe produção de etanol em 19 usinas de Goiás

 

O problema pode ficar ainda pior, pois o mês está chegando ao fim e os empresários podem ter dificuldades para pagar seus colaboradores e também os fornecedores de cana.

De acordo com o Sifaeg, sindicato que representa os produtores de etanol em Goiás, sem óleo diesel para abastecer as máquinas agrícolas utilizadas na colheita e transporte da cana-de-açúcar, o jeito foi paralisar a produção em 19 das 31 usinas em operação. O Sifaeg alertou ainda que se a greve dos caminhoneiros, que completa nesta segunda-feira (28), oito dias, continuar por pelo menos mais dois dias, todas as usinas terão que paralisar a produção.

No caso da comercialização de etanol, as distribuidoras não conseguem retirar de dentro das usinas o combustível que já compraram. Por conta disso, a venda de etanol teve que ser suspensa, acarretando inclusive perda de arrecadação de impostos para o Estado. O problema pode ficar ainda pior, pois o mês está chegando ao fim e os empresários podem ter dificuldades para pagar seus colaboradores e também os fornecedores de cana. Outra dificuldade enfrentada é em relação a produção de energia por meio do bagaço da cana. Se não tem a cana, automaticamente não tem o bagaço da cana para a produção de energia limpa (Diário do Estado, 28/5/18)