FPA: “Reafirmamos a ministros a necessidade de um Plano Safra robusto”
LOGO FPA
O vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), disse há pouco, após reunião no Ministério da Fazenda, que o setor quer um Plano Safra robusto, com diferencial de taxa de juros para o agronegócio sustentável.
"Na expectativa do anúncio do Plano Safra, reiteramos a necessidade de um plano robusto", disse Jardim ao deixar o encontro com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Marina Silva (Meio Ambiente).
De acordo com Jardim, a FPA apresentou suas demandas. Preocupados com as altas taxas de juros, os parlamentares pleitearam uma redução de um ponto porcentual em relação à taxa de referência para o plano, para beneficiar a produção agrícola sustentável. Jardim disse que o governo não adiantou as taxas que serão aplicadas no Plano Safra, que serão divulgadas nesta 3ª feira.
Como o Broadcast Agro adiantou mais cedo, o tamanho da redução de juros a serem aplicados no Plano Safra 2023/24 a produtores com práticas sustentáveis ainda está sendo definido pelo governo. A equipe econômica defende a redução de até 1 ponto porcentual na taxa de juros para produtores que comprovem boas práticas ambientais, mas o Ministério da Agricultura buscava ampliar o corte para pelo menos 1,5 ponto porcentual. O principal impasse para o acordo quanto ao porcentual é a necessidade de recursos do Tesouro para equalização da fatia de juros subvencionada.
Outros pontos. Além dos juros, a reunião também tratou do tamanho do plano, do seguro agrícola e comercialização. Em relação à robustez, Jardim argumentou que no ano passado o Plano Safra financiou R$ 340 bilhões, ante um custo de produção de R$ 800 bilhões.
A FPA também demonstrou preocupação com a necessidade de reforçar o seguro agrícola, que no ano passado só cobriu 10% da área plantada, de acordo com Jardim, o que é insuficiente, na sua avaliação. Ele disse que a questão do Rio Grande do Sul, que passa por estiagem aguda, será tratada separadamente.
A FPA ainda apresentou demanda para ampliação de armazenagem. A expectativa de produção para esta safra é de 318 milhões de toneladas, mas o País só conta com capacidade de armazenamento para 100 milhões de toneladas. "Isso retira poder de negociação do produtor. Outro ponto importante é reforçar recursos para comercialização, porque teve redução no preço de commodities, principalmente milho e soja", disse (Broadcast, 26/6/23)