07/08/2020

Frango: Análise Conjuntural Agromensal Cepea/Esalq/USP Julho/2020

Os preços da carne e do frango vivo subiram ao longo de julho. Este foi o segundo mês consecutivo que o setor avícola conseguiu “respirar” e apresentar recuperação nas cotações. Os valores foram impulsionados pela aquecida demanda nacional e pela controlada oferta de animais para abate – na indústria, agentes também relataram diminuição no ritmo de produção. Além disso, a valorização de importantes insumos da atividade (como milho e farelo de soja) também influenciaram as altas domésticas da carne e do animal vivo.

 Custo de energia das granjas – o item de maior custo de produção ...

Assim, em julho, o preço médio do frango inteiro comercializado na Grande São Paulo atingiu o segundo maior patamar mensal de 2020, atrás somente do verificado em janeiro. O produto congelado registrou média de R$ 4,78/kg na região paulista no mês, alta de 8,7% frente ao de junho e 1,7% acima do de julho/19, em termos reais (os valores mensais foram deflacionados pelo IPCA de junho/20). Para os cortes e miúdos, comercializados também no atacado da Grande São Paulo, o destaque foi para a asa de frango.

 

Apesar da lentidão nos embarques, colaboradores do Cepea indicam que o corte segue como o principal produto vendido internacionalmente, o que tem, inclusive, resultado em oferta limitada no mercado brasileiro. Na média de julho, a asa congelada foi negociada a R$ 10,62/kg, recorde real da série histórica do Cepea, iniciada em abril de 2004, 19,2% maior que a média de junho e ainda 51,8% acima da verificada em julho de 2019.

 

Para o frango vivo, o alto preço dos insumos, especialmente da alimentação, além de fazer com que produtores limitem os alojamentos, impacta diretamente na formação de preços do animal. Na média das regiões de São Paulo, o frango vivo registrou média de R$ 3,68/kg em julho, elevação de 7,3% frente à do mês anterior e 5,1% acima da de julho/19, em termos reais (valores deflacionados pelo IGPDI) (Assessoria de Comunicação, 5/8/20)