Frango: Análise conjuntural mensal agosto Cepea/Esalq/USP
Pelo terceiro mês consecutivo, a avicultura de corte registrou alta nos preços. Esse cenário em agosto se deve, principalmente, à elevada competitividade da proteína no mercado doméstico frente às concorrentes bovina e suína e aos embarques aquecidos, que atingiram o segundo maior volume do ano. A boa liquidez da carne de frango, tanto no mercado doméstico quanto no externo, impulsionou os preços do frango inteiro, aos cortes e miúdos. Em agosto, o frango inteiro congelado teve média de R$ 4,96/kg na Grande São Paulo, valorizações de 3,7% frente a julho e de 12,4% em relação a agosto/19.
No mercado de cortes da região da capital paulista, a asa de frango seguiu com forte elevação nas cotações, renovando o recorde real para o produto, a R$ 12,46/kg na média do mês para o congelado, aumento de 17,4% frente a julho e de 82,3% na comparação com o mesmo mês de 2019. Para o frango vivo, as cotações também seguiram tendência de alta, visto que a indústria tem procurado animais para garantir suas linhas de produção. No estado de São Paulo, o animal teve preço médio a R$ 3,84/kg em agosto, aumento de 4,2% frente a julho e de 18,1% em comparação a agosto/19.
EXPORTAÇÃO
Em agosto, os embarques de carne de frango in natura somaram 340,7 mil toneladas, de acordo com relatório da Secex, alta de 0,9% frente a julho e de 1,8% na comparação com agosto/19, sendo também o segundo maior volume de 2020, atrás somente de maio. Em termos financeiros, as exportações de agosto geraram R$ 2,48 bilhões, montante 5,3% maior que em julho e 11,2% acima do mesmo mês de 2019 (Assessoria de Comunicação, 8/9/20)