Homem e Mulher: a visão da igreja – Por Tarcisio Angelo Mascarim
Dentre os 196 países da Terra, notamos que a maioria atribui um modelo de mulher submissa, sujeita às piores denominações, e os homens são os soberanos.
Aqui no Brasil é diferente. Temos um país onde a mulher tem as mesmas responsabilidades que o homem. Em alguns casos, elas têm responsabilidades superiores às dos homens.
No dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, o site Aleteia publicou o artigo “O que a Igreja realmente acha da mulher (e do homem)”, e eu tomo a liberdade de transcrever alguns trechos, para reflexão:
“Maria: mais importante que os Apóstolos: Falando em nome da Igreja, o Papa Francisco enfatiza com frequência a importância da mulher no catolicismo, desde lembrar que Maria é mais importante que os próprios apóstolos até contextualizar visões culturais hoje superadas, a fim de incentivar o respeito igual entre os sexos. Francisco também nos convida a superar o clericalismo entre os próprios leigos, em especial entre as mulheres, que, erroneamente, se consideram a parte passiva e sem voz dentro da Igreja.
Não ao machismo – mas também não ao feminismo raivoso: Na mesma linha, o Papa Francisco critica abertamente a sociedade machista e sua visão diminuidora da mulher, dentro e fora da Igreja. Mas atenção: ele também critica com clareza o extremismo e o sectarismo feminista. A Igreja afirma a necessidade da verdadeira autonomia das mulheres, mas não concorda com posturas radicais que fragmenta a pessoa humana, nem vê avanço algum nas facções feministas intolerantes que atacam e agridem quem pensa diferente.
Iguais em dignidade, mas diferentes por natureza: Mulher e homem, para o cristianismo, são idênticos em dignidade, mas não são mutuamente substituíveis. Homem e mulher são complementares por natureza, já que, também por natureza, cada sexo tem as suas especificidades que enriquecem um ao outro. (...)
Não à utopia da ‘autonomia total’: Entre os modelos que tendem à fragmentação humana, a Igreja discorda de toda ideologia que prega uma total e irreal autonomia de um sexo em relação ao outro. O tipo de feminismo radical que afirma que ‘A mulher precisa do homem tanto quanto um peixe precisa de uma bicicleta’ é tão arrogante e prejudicial quanto o machismo que sentencia que ‘Homem não chora’ ou que ‘Lugar de mulher é na cozinha’. A pretensão utópica da autonomia total reduz o outro a objeto, alimenta devaneios de superioridade e destrói sutilmente as relações, como admitiram esta mulher, ao refletir sobre os seus erros como esposa vitimista, e este homem, ao reconhecer que o amor sem reservas pela namorada o tornou um homem mais sadio, mais completo e mais feliz.
Complementaridade entre os sexos: A visão católica sobre o relacionamento de complementaridade e harmonia entre mulher e homem é acusada com frequência de ser fantasiosa e ‘castradora’ por alguns setores do mundo laico. No entanto, a visão realista do catolicismo desmascara continuamente as frustrações amorosas alimentadas pela indústria da ficção, bem como as mentiras e a falta de caráter incentivadas por ideias laicas como o ‘amor livre’ e descompromissado, que necessariamente coisifica o outro e impede o florescimento da confiança mútua. A Igreja desafia os casais a serem melhores do que isso, construindo relações maduras e sinceras, que resistam às atrações até naturais, mas capazes de machucar a muitos; que superem instintos comuns, mas capazes de traumatizar profundamente. (...)
Paternidade e maternidade em harmonia: A complementaridade entre homens e mulheres vai além do sexo e se estende ao seu potencial como pais e mães, que têm qualidades educativas diferentes e mutuamente enriquecedoras, além de insubstituíveis para a formação plenamente saudável dos filhos. A falta de um dos genitores não é indiferente para uma criança. Neste sentido a Igreja é uma das instâncias mais enfáticas em chamar os pais (homens) à sua responsabilidade, que, incoerentemente, algumas vertentes do feminismo procuram diminuir. O equilíbrio nas relações mulher-homem dentro da família é fundamental, segundo a Igreja, para formar filhos e filhas confiantes, respeitosos uns dos outros e capazes de superar de verdade os preconceitos machistas e feministas. (...)
Atenção às manipulações: Ao contrário de acusações comuns, a Igreja não pretende controlar a consciência das pessoas. O Papa Francisco reitera ao próprio clero que eles não devem fazer isso. Mais ainda: a Igreja denuncia corajosamente que existem segmentos do mundo laico dispostos a exercer exatamente o controle de que acusam a ela. Trata-se de segmentos que abrangem grupos civis e organizações militantes, mas também setores da própria ONU e governos de países tidos por livres, como a França e os EUA, que chegam a prender quem questiona a sua definição de ‘liberdade’.
Banalização do aborto: A Igreja não pede o martírio. Ela entende que um aborto, em casos muito pontuais e extremos, pode ser um mal inevitável decorrente da lícita e dolorosa necessidade de salvar a vida da mãe. Mas ela também sabe das consequências de se banalizar o aborto e os seus efeitos como se fosse um ‘direito reprodutivo’. Há gestos de coragem que valem muito a pena. Os filhos enxergam isto. Assim como sentem quando podia ter havido mais coragem.
Beleza da opção pela vida: Na defesa da vida, a Igreja destaca soluções perfeitamente possíveis para que a vida triunfe. Mas são soluções que pedem generosidade e superação de egoísmos. No fundo, o mundo laico também enxerga a beleza da opção pela vida. (...)”
Este artigo é muito bonito e verdadeiro. Para que continuemos a refletir, sugiro sua leitura na íntegra, para obtenção de muitos ensinamentos para nossas vidas (Tarcisio Angelo Mascarim é sócio e administrador da Mascarim & Mascarim Sociedade de Advogados. Leia mais artigos no www.tarcisiomascarim.com.br)