10/12/2024

Homenagem ao líder do MST gera revolta de produtores e entidades do agro

Homenagem ao líder do MST gera revolta de produtores e entidades do agro

João Pedro Stedile, dirigente nacional da via campesina e do MST. Foto Reprodução - Rafael Stedile

Deputado do PT propôs entrega da Medalha do Mérito Farroupilha a João Pedro Stédile

 

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou a concessão da medalha do mérito Farroupilha ao líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile.

 

A proposta é do deputado Adão Preto Filho, do PT. A homenagem é a condecoração máxima conferida pelo Poder Legislativo gaúcho e é destinada a pessoas que contribuíram para o desenvolvimento econômico, social e cultural do estado.

Contudo, deputados da oposição, produtores rurais e entidades do setor agropecuário pretendem entregar nesta segunda-feira (9) um abaixo assinado, que já possui mais de 25 mil assinaturas, na Assembleia para cancelar a entrega da medalha.

 

“Para nós é uma afronta a maior honraria da Assembleia Legislativa, que é o Mérito Farroupilha, [ser entregue ao líder do MST]. Estamos com uma grande mobilização para que isso não aconteça, baseado na defesa do agricultor, na insegurança que as invasões de terra geram. Há poucos dias, em Pedras Altas, tivemos novas invasões e não pode um estado produtivo, um estado que depende da agricultura, estar homenageando um invasor de terra”, disse o presidente da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa do estado, o deputado Luciano Silveira.

 

FPA também repudia homenagem

 

Em nota publicada nesta segunda-feira, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) manifesta o seu total repudio à indicação da medalha a Stédile.

 

“Esta indicação fere gravemente a integridade da honraria e o princípio constitucional do direito à propriedade, representando uma afronta ao povo gaúcho, vítima de uma onda de invasões do movimento na semana passada, no município de Pedras Altas”.

 

O texto finaliza: “Homenagear alguém que motiva a desordem, promove a violência e ameaça a segurança de milhares de famílias dias após tomar a terra de pessoas na ‘mão grande’ mais se parece pano de fundo para uma série de ações orquestradas do movimento e que contraria os interesses da população do RS” (Canal Rural, 9/12/24)