IBM anuncia expansão de negócios de computação em nuvem no Brasil
Legenda: IBM anuncia investimento de centro de dados para computação em nuvem no Brasil. Valores não foram divulgados
Empresa vai investir em 3 centros de dados integrados em São Paulo. É o primeiro movimento desse tipo na América Latina.
A IBM anunciou nesta terça-feira (27) a expansão de serviços em nuvem no Brasil, com a implementação de 3 data centers no estado de São Paulo. O projeto será lançado em 2020.
A nova estrutura, que é chamada pela IBM de "região", é projetada para fornecer aos clientes da empresa um conjunto de serviços na nuvem pública da IBM, incluindo inteligência artificial.
No segundo trimestre de 2019, a IBM teve faturamento global de US$ 19,2 bilhões, queda de 4,2% na comparação com o ano anterior. No segmento de computação em nuvem e softwares cognitivos, a receita subiu 3,2%, para US$ 5,6 bilhões.
"Atualmente, a IBM conta com 6 regiões no mundo, esse será o primeiro na América Latina. O objetivo principal é expandir as nossas capacidades de cloud para nossos clientes no Brasil. Obviamente vai ser também um hub importante na América Latina", disse Tonny Martins, presidente da IBM no Brasil.
Os valores de investimentos nos 3 centros integrados não foram divulgados. Mas, segundo Martins, é um valor "significativo e diretamente associado à estratégia de crescimento da IBM no Brasil e na região".
De acordo com Marcos Paraíso, diretor de cloud da empresa no país, o Brasil é um mercado chave para a IBM. "Nós já temos serviço de nuvem no Brasil, mas com esse anúncio vamos prover um ambiente mais apropriado e seguro para aplicações críticas dos clientes".
Segundo a IBM, 80% das cargas de trabalho crítica para empresas — como cadeias de suprimento e sistemas bancários, por exemplo — já é operada em nuvem.
O segmento de computação em nuvem cresce com maior uso no mercado corporativo e impulsionou o crescimento de empresas como Amazon, que tem o serviço de nuvem Amazon Web Services, e Microsoft, com o Azure.
"Esse investimento segue um conjunto, para que tenhamos na área de computação em nuvem o mesmo protagonismo que temos em inteligência artificial avançada", disse Martins (G1, 27/8/19)