Ibovespa sobe e volta a encostar em 120 mil pontos; dólar sobe a R$ 4,808
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Vale e Petrobras tiveram desempenho forte, ajudando índice.
O Ibovespa (IBOV) fechou o pregão desta segunda-feira (3) com alta de 1,34%, aos 119.672 pontos. O movimento refletiu a queda das expectativas de inflação para 2023, 2024 e 2025 apontadas no Boletim Focus, assim como a redução das projeções para a Selic, reforçando a aposta de que o Banco Central está prestes a iniciar um ciclo de corte nos juros na reunião de agosto.
Na semana passada, a manutenção da meta de inflação nos atuais 3% para 2026 foi vista pelo mercado como uma decisão que ajudou a contribuir para que essas expectativas se acomodassem.
O Boletim Focus, divulgado nesta segunda, mostrou que a mediana do mercado para a inflação em 2023 caiu de 5,06% para 4,98%, mais perto do teto limite da meta, de 4,5%. Para 2024, a projeção caiu de 3,98% para 3,92%.
O dólar em baixa no último mês também é apontado como um fator que contribui para a acomodação das expectativas de inflação. Nesta segunda-feira, a moeda fechou em leve alta, de 0,39%, a R$ 4,808.
Quanto às ações, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4;PETR3) influenciaram a alta do índice. A Vale subiu 3,22%, a R$ 66,29, e Petrobras PN subiu 1,89%, a R$ 30,09.
No caso da Vale, as ações subiram depois que a empresa recebeu o aval para a operação da Barragem de Torto, o que ajudou a minimizar o efeito da queda do preço do minério de ferro nesta segunda.
Estados Unidos
O mercado americano fechou mais cedo nesta segunda-feira, véspera do feriado de 4 de julho. O índice S&P 500 subiu 0,12%, o Nasdaq subiu 0,21% e o Dow Jones 0,03%, refletindo a cautela quanto ao impacto dos novos cortes de produção de petróleo anunciados pela Arábia Saudita e Rússia na inflação americana e refletindo o o índice PMI abaixo do patamar de 50 pontos nos Estados Unidos. Apesar do anúncio de corte no petróleo, os preços da commodity fecharam o dia em baixa.
Mesmo com a queda de 0,78% no pregão na Nasdaq, a Apple (AAPL) continua com valor de mercado acima dos US$ 3 trilhões recordes atingidos na última semana, em meio ao rali das ações dos últimos meses (Bloomberg Linea, 3/7/23)