Indicados de Lula para a Petrobras ficam novamente no alvo
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Nomeados pelo governo enfrentam contestações no TCU e na Justiça.
As indicações do governo Lula (PT) para cargos na Petrobras estão novamente sob contestações, em diferentes frentes. Em uma delas, o deputado estadual Leonardo Siqueira (Novo-SP) acionou a Justiça para remover os nomes.
Nesta quarta-feira (25), ele protocolou ações pedindo o afastamento de dois conselheiros fiscais e mais quatro ocupantes de cargos na estatal. Entre os argumentos, suposta falta de experiência adequada e alegado conflito de interesse entre os papéis concomitantes dessas pessoas no governo e na empresa.
Neste ano, o parlamentar chegou a obter uma liminar que afastou o presidente do conselho de administração, Pietro Mendes (indicado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira) —mas a decisão foi revertida posteriormente.
O deputado também apresentou recentemente uma representação no TCU (Tribunal de Contas da União) pedindo investigação sobre o conflito de interesse do presidente do conselho, pelo fato de Mendes ser também o secretário Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério.
Paralelamente, o TCU tem um processo instaurado para acompanhar as alterações de cargos na estatal. As decisões estão a cargo do ministro relator da matéria, Benjamin Zymler, que deve avaliar em breve se abre investigação e leva o assunto ao plenário do órgão.
Procurada, a Petrobras afirma que seus profissionais cumprem os requisitos de integridade e capacidade necessários e que a nomeação ocorre apenas após análises feitas pela estatal no caso de determinados cargos, como no conselho fiscal ou em comitês que assessoram o conselho de administração (que são alvo das ações do deputado).
A avaliação feita pela empresa inclui conhecimento na área de atuação pretendida, experiência em liderança e desempenho em funções anteriores. "Esses requisitos variam de acordo com a função pretendida, porém é importante ressaltar que a análise foi realizada para os referidos nomes e não foi apontado óbice à indicação dos profissionais", afirma a petroleira (Folha, 27/9/24)