Itaú lucra R$ 6,877 bi no primeiro trimestre de 2019
A carteira de crédito do Itaú somou R$ 647,1 bilhões ao final de março, aumento de 1,6% ante dezembro.
O Itaú Unibanco anunciou lucro líquido de R$ 6,877 bilhões no primeiro trimestre deste ano, elevação de 7,1% na comparação com os R$ 6,419 bilhões registrados no mesmo período de 2018. Ante os três meses anteriores, de R$ 6,478 bilhões, foi identificado incremento de 6,2%.
“A economia teve um início de ano com desempenho mais modesto do que as expectativas apontavam, refletindo, em parte, a incerteza sobre a trajetória fiscal do País. Seguimos confiantes na retomada do crescimento sustentável, para a qual é imprescindível a reforma da Previdência”, destaca o presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, em nota à imprensa.
O banco explica, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que o desempenho do primeiro trimestre no comparativo anual reflete o aumento da margem financeira com clientes, ou seja, de operações que rendem juros, em meio ao crescimento das carteiras de crédito de pessoas físicas e de micro, pequenas e médias empresas.
“Esse efeito foi parcialmente compensado pela redução de 28,4% da margem financeira com o mercado - que compreende basicamente as operações de tesouraria - e o crescimento de 4,1% das despesas não decorrentes juros”, acrescenta o Itaú, no documento.
A carteira de crédito do Itaú somou R$ 647,1 bilhões ao final de março, aumento de 1,6% ante dezembro, quando estava em R$ 636,9 bilhões. Em relação ao mesmo período do ano passado, de R$ 601,1 bilhões, foi identificada expansão de 7,7%.
O destaque do crescimento dos empréstimos ficou com as micro, pequenas e médias empresas, com avanço de 2,7% no trimestre e 13,9% no ano, e ainda pessoas físicas, com aumentos de 2,0% e 12,7%, respectivamente. Em contrapartida, o crédito para grandes empresas encolheu 0,5% no primeiro trimestre ante os três meses anteriores e 3,1% em um ano.
O Itaú Unibanco encerrou março com R$ 1,651 trilhão em ativos totais, expansão de 8,3% ante um ano, de R$ 1,524 trilhão. Em relação aos três meses anteriores, de R$ 1,649 trilhão, foi identificado leve aumento de 0,1%.
O patrimônio líquido do Itaú somava R$ 119,824 bilhões no primeiro trimestre, elevação de 1,1% em um ano e queda de 9,1% no comparativo trimestral. Sua rentabilidade, medida pelo retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio anualizado consolidado, era de 23,6% ao fim de março ante 21,8% em dezembro e 22,2% um ano antes.
Projeções revisadas
O Itaú Unibanco divulgou projeções revisadas para o ano de 2019. A nova previsão consolidada é de crescimento de margem financeira com clientes entre 9% e 12% neste ano, ante previsão inicial de alta de 9,5% e 12,5%.
Para receita de prestação de serviços e resultado de seguros o novo guidance é de variação entre 2% e 5% ante previsão inicial de 3% e 6%. Já a projeção revisada para despesas recorrentes com juros é de alta entre 3% e 6%, ante previsão anterior de 5% a 8%. O banco manteve inalteradas as projeções consolidadas para carteira de crédito total, de crescimento entre 8% e 11%, de margem financeira com o mercado entre R$ 4,6 bilhões e R$ 5,6 bilhões e de custo de crédito entre R$ 14,5 bilhões e R$ 17,5 bilhões. A projeção consolidada para alíquota efetiva de IR/CS ficou mantida entre 31% e 33%.
Resultado Brasil
Para os resultados Brasil, o Itaú projeta expansão de 9% a 12% para margem financeira com clientes, ante 9,5% a 12,5% previsto anteriormente.
A nova projeção para receita de prestação de serviços e resultado de seguros é de crescimento entre 2% e 5%, ante projeção anterior entre alta entre 3% e 6%.
Para despesas não decorrentes de juros, a nova projeção é de alta entre 3,5% e 6,5% ante previsão inicial de 5,5% a 8,5%.
A projeção de alta para carteira de crédito total foi mantida entre 8% e 11%, assim como a margem financeira com o mercado entre R$ 3,6 bilhões e R$ 4,6 bilhões, e o custo do crédito na faixa entre R$ R$ 12,5 bilhões e R$ 15,5 bilhões. A alíquota efetiva de IR/CL também foi mantida entre 32% e 34%.
O banco destaca que, atualmente, considera na gestão de seus negócios um custo de capital em torno de 13,5% ao ano (O Estado de S.Paulo, 3/5/19)