11/06/2018

“Junho Vermelho”: Doar sangue é salvar vidas! – Por Welson Gasparini

“Junho Vermelho”: Doar  sangue é salvar vidas! – Por Welson Gasparini

Em maio de 2013 escrevi um artigo, sob o título “Doar Sangue é Salvar Vidas”, manifestando minha preocupação com uma questão relevante: o estoque do Hemocentro de Ribeirão Preto estava, naquela ocasião, com apenas 3% da quantidade considerada ideal para atender a demanda mensal de seis hospitais públicos e particulares da cidade (Hospital das Clinicas-Campus e Unidade de Emergência, Santa Casa, Beneficência Portuguesa, Hospital Estadual e São Lucas). A falta de sangue já começava a acarretar problemas mais graves,  conforme chegou a confirmar o  próprio Hospital das Clínicas em nota oficial: o baixo estoque tinha até provocado a  remarcação de uma cirurgia eletiva (passível de reagendamento).

Sinto-me, assim, à vontade para apoiar o movimento “Eu dou sangue” que iniciou, no último dia 1º de junho, em todo o Brasil, a campanha  "Junho Vermelho", objetivando  conscientizar a população sobre a importância de doar sangue. Trata-se de uma ação fundamental para os bancos de sangue enfrentarem a baixa adesão de doadores nesta época do ano, com seus estoques ainda mais comprometidos por conta da recente  greve dos caminhoneiros.

Em São Paulo, segundo informações da Fundação Pró-Sangue, parceira do Movimento "Eu Dou Sangue" e responsável pelo abastecimento de grande parte dos hospitais públicos da Grande São Paulo, os estoques estão baixos, girando em torno de 30% a 40% do ideal. Pesquisa realizada no ano passado, encomendada pelo movimento, em parceria com o Instituto Datafolha, indica: o brasileiro não costuma doar sangue pois cerca de 92% dos entrevistados declararam  não terem participado  de doações nos últimos 12 meses. "O Junho Vermelho surgiu, assim,  para alertar os brasileiros de que sangue não se compra, não se fabrica e que qualquer pessoa, a qualquer momento,  pode precisar dele...

É fundamental,  portanto, uma conscientização  sobre a importância do sangue como fator de vida; doar sangue, portanto, significa salvar vidas. Toda pessoa com boa saúde, na faixa etária entre 18 e 69 anos, está apta a doar sangue; o homem, acima de 50 quilos, pode doar a cada 60 dias e no máximo quatro vezes ao ano; já a mulher, acima de 51 quilos, pode doar a cada 90 dias e até três vezes ao ano.

Faço meu, assim, o meu apelo à sensibilidade cidadã de cada homem e mulher que se enquadre no perfil de doadores: doe o seu sangue e ajude a salvar vidas. Hoje, o beneficiário desse gesto altruístico, pode ser um desconhecido; amanhã, poderá ser um familiar seu ou até o próprio doador de agora.

Nenhum de nós sabe o que o futuro nos reserva: se hoje podemos beneficiar alguém  com a nossa doação, amanhã poderemos ser beneficiados por doação alheia!!!

O  bem,além do mais, só pode fazer bem... (Welson Gasparini é deputado estadual (PSDB), advogado, professor  e ex-prefeito de Ribeirão Preto