Justiça concede recuperação judicial ao Grupo Virgolino de Oliveira

USINA VIRGOLINO DE OLIVEIRA - FOTO GVO

A Justiça concedeu na terça-feira, 8, a recuperação judicial pedida pelo Grupo Virgolino de Oliveira (GVO), após meses de pressão dos credores. O deferimento foi concedido pelo juiz Felipe Ferreira Pimenta, do Foro de Santa Adélia, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

A companhia, da família Ruete de Oliveira, protocolou o pedido em 28 de maio, após anos enfrentando dificuldades financeiras, iniciadas no auge da crise do setor sucroalcooleiro da década passada.

Em seu pedido, a empresa alegou ter R$ 2,56 bilhões em dívidas. Porém, a administradora judicial R4C teria avaliado as dívidas em R$ 7,55 bilhões, segundo o site especializado DebtWire.

Foi concedida a consolidação substancial das dívidas de todas as empresas do grupo e incluídos alguns dos membros da família que também são produtores rurais: Carmen Aparecida Ruete de Oliveira, Carmen Ruete de Oliveira e Virgolino de Oliveira Filho. A eles foi dado um prazo de cinco dias para que entreguem documentos faltantes referentes à atividade rural que exercem.

O juiz também determinou que os R$ 78,6 milhões em precatórios referentes às ações de preço do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) que havia sido depositado em juízo por demanda de credores trabalhistas no Foro de Catanduva seja agora transferido para o juízo da recuperação judicial. Os valores haviam sido depositados pela Cooperativa de Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Copersucar) - diferente da trading Copersucar SA, que tem personalidade jurídica e quadros decisórios distintos - , que atua como representante de usinas nas ações de preço.

O juiz ainda determinou à coopeartiva que deposite nos autos da recuperação judicial os valores de precatórios cabíveis à GVO em 72 horas. Outros R$ 22 milhões estavam para ser depositados em juízo em Catanduva (Valor Econômico, 9/6/21)