15/12/2023

Líder da oposição: Eleição “sub judice” e chapa oficial pode ser cassada

Líder da oposição: Eleição “sub judice” e chapa oficial pode ser cassada

CAPA TIRSO MEIRELES- Imagem Blog Planeta Campo

Em pronunciamento feito nas redes sociais, Paulo Junqueira que é advogado, empresário do agronegócio e presidente do Sindicato e da Associação Rural de Ribeirão Preto, explicou a situação em que se encontra o processo eleitoral na Faesp/Senar – Federação da Agricultura do Estado de São Paulo, depois denúncias de fraude, falta de isonomia e de abuso econômico.

 

”A eleição convocada para o dia 4 de dezembro está “sub judice”, ou seja, encontra-se em julgamento aguardando determinação judicial. A nossa chapa de oposição a manutenção de benefícios, irregularidades, nepotismo e privilégios mantidos pelo grupo do comendador Fábio Meirelles, há meio século no comando da Faesp, tem uma sentença de 1º grau de mérito, depois de ouvidas as partes, colhidas as provas e que nos deu ganho de causa”.

 

Ele prossegue explicando que “nesta sentença, foi marcada eleição para este próximo dia 18 através da publicação de edital, ou seja, este novo pleito não foi anulado. A chapa da situação entrou com recurso desta sentença de mérito através de uma reclamação no Tribunal Regional do Trabalho e conseguiu um efeito suspensivo. Esta decisão agora será tomada por um colegiado. Nós já nos manifestamos nos autos, a Faesp já respondeu e caberá agora ao órgão colegiado decidir se o efeito suspensivo na decisão de mérito da 1ª instância será mantido ou não”.

O líder oposicionista acrescenta que “eles entraram com recurso ordinário, sem efeito suspensivo e nós contrarrazoamos e estamos aguardando decisão em 2ª instância. Logo, todas as decisões relativas às eleições deste ano estão suspensas. Por isto, iremos no prazo legal tomar todas as providências cabíveis. Também impugnaremos a eleição realizada neste último dia 4 de dezembro. Esta impugnação será julgada pelo presidente da Faesp/Senar, Fábio Meirelles, que patrocina a chapa da situação e que tem seu filho Tirso como candidato à sua sucessão. Trata-se de um escárnio...”

 

Paulo Junqueira reitera que “todas as denúncias serão feitas e acreditamos na apuração delas. Como também acreditamos, não só na Justiça, mas que estas eleições serão anuladas e até mesmo no impedimento para que a chapa da situação possa concorrer em uma eleição, tamanho os flagrantes das irregularidades e as fraudes que têm sido reiteradamente denunciadas por nós e pela imprensa”.

 

Ele acrescenta que “meu bisavô me ensinou que, enquanto houver bambu, nós teremos flechas para usar. Todas as medidas serão tomadas para anular, impugnar e fazer com que a chapa da situação não tenha condições morais e legais de concorrer na nova eleição. Nossa documentação está à disposição das autoridades e da imprensa. Desafio que eles também coloquem a documentação deles para análise bem como que o Fábio Meirelles convoque uma entrevista à imprensa para tentar explicar e justificar todas as denúncias que pesam sobre seu período de meio século a frente do comando da Faesp”.

 

Novo tempo

 

Paulo Junqueira também se manifestou sobre a decisão tomada ontem pelo Senado que derrubou o veto do presidente Lula ao marco temporal: “Ao mesmo tempo que Lula comemora ter emplacado um comunista no STF, graças ao trabalho da nossa Frente Parlamentar da Agropecuária o Senado derrubou o seu veto ao marco das terras indígenas. E, para ser celebrado, com o voto do ministro da Agricultura licenciado, senador Carlos Fávaro”.