Lucro da ADM dispara no 2º trimestre com forte demanda da China por milho
A ADM (Archer Daniels Midland) reportou hoje (27) um aumento de 52% em seu lucro no segundo trimestre, com a forte demanda por exportações agrícolas e as margens positivas para esmagamento de oleaginosas dando impulso aos principais negócios da companhia no setor de grãos dos Estados Unidos.
O lucro maior do que o esperado levou as ações a uma máxima em duas semanas e estendeu a recuperação da pandemia do Covid-19, que no ano passado prejudicou a demanda por etanol e produtos alimentícios da empresa. As ações subiram 1% para US$ 59 ao meio-dia.
ADM e as rivais Bunge, Cargill e Louis Dreyfus — conhecidas como o quarteto ABCD de gigantes do comércio de grãos — compram grãos dos agricultores para processar e exportar.
As exportações da ADM saltaram no trimestre encerrado em 30 de junho, devido às vendas de milho para a China, disse a empresa.
A unidade de serviços agrícolas e de oleaginosas da ADM, que inclui exportações, ainda aumentará o seu lucro ante o ano passado, afirmou o presidente-executivo Juan Luciano a analistas em teleconferência.
O negócio de processamento de soja está se beneficiando de uma forte demanda de óleo vegetal e das margens da América do Norte.
“Isso levará a empresa a ganhos que nunca tivemos antes, certamente”, disse Luciano sobre o crescimento da unidade.
O mundo está dependendo das grandes colheitas de milho dos EUA para compensar a escassez na oferta do Brasil, onde a seca e a geada prejudicaram as produções.
O lucro líquido atribuível à ADM no trimestre encerrado em 30 de junho avançou para US$ 712 milhões, ou US$ 1,26 por ação, ante US$ 469 milhões, ou US$ 0,84 por ação, em igual período do ano passado. O lucro ajustado foi de US$ 1,33, superando a estimativa dos analistas de US$ 1,03, de acordo com Refinitiv IBES.
A receita da ADM no segundo trimestre registrou alta de 40,8%, a US$ 22,92 bilhões, superando as estimativas de Wall Street, de US$ 18,64 bilhões, segundo a Refinitiv IBES (Reuters, 27/7/21)