28/07/2021

Lucro da ADM dispara no 2º trimestre com forte demanda da China por milho

Lucro da ADM dispara no 2º trimestre com forte demanda da China por milho

ADM (Archer Daniels Midland) reportou hoje (27) um aumento de 52% em seu lucro no segundo trimestre, com a forte demanda por exportações agrícolas e as margens positivas para esmagamento de oleaginosas dando impulso aos principais negócios da companhia no setor de grãos dos Estados Unidos.

O lucro maior do que o esperado levou as ações a uma máxima em duas semanas e estendeu a recuperação da pandemia do Covid-19, que no ano passado prejudicou a demanda por etanol e produtos alimentícios da empresa. As ações subiram 1% para US$ 59 ao meio-dia.

ADM e as rivais Bunge, Cargill e Louis Dreyfus — conhecidas como o quarteto ABCD de gigantes do comércio de grãos — compram grãos dos agricultores para processar e exportar.

As exportações da ADM saltaram no trimestre encerrado em 30 de junho, devido às vendas de milho para a China, disse a empresa.

A unidade de serviços agrícolas e de oleaginosas da ADM, que inclui exportações, ainda aumentará o seu lucro ante o ano passado, afirmou o presidente-executivo Juan Luciano a analistas em teleconferência.

O negócio de processamento de soja está se beneficiando de uma forte demanda de óleo vegetal e das margens da América do Norte.

“Isso levará a empresa a ganhos que nunca tivemos antes, certamente”, disse Luciano sobre o crescimento da unidade.

O mundo está dependendo das grandes colheitas de milho dos EUA para compensar a escassez na oferta do Brasil, onde a seca e a geada prejudicaram as produções.

O lucro líquido atribuível à ADM no trimestre encerrado em 30 de junho avançou para US$ 712 milhões, ou US$ 1,26 por ação, ante US$ 469 milhões, ou US$ 0,84 por ação, em igual período do ano passado. O lucro ajustado foi de US$ 1,33, superando a estimativa dos analistas de US$ 1,03, de acordo com Refinitiv IBES.

A receita da ADM no segundo trimestre registrou alta de 40,8%, a US$ 22,92 bilhões, superando as estimativas de Wall Street, de US$ 18,64 bilhões, segundo a Refinitiv IBES (Reuters, 27/7/21)