Lucro da Cosan cai 91,2% no 3º tri; moagem de cana da Raízen recua 14%
O lucro líquido da Cosan, conglomerado brasileiro de energia e logística, caiu 91,2 por cento no terceiro trimestre ante igual período do ano passado, ainda sentindo reflexos dos protestos dos caminhoneiros e também impactado pela volatilidade cambial.
A companhia lucrou 43,9 milhões de reais entre julho e setembro, contra 499,7 milhões em igual momento de 2017. O resultado, contudo, foi melhor frente o prejuízo líquido de 64,3 milhões de reais observado no segundo trimestre deste ano.
“Tivemos um trimestre com bastante adversidade, por causa dos efeitos remanescentes da greve dos caminhoneiros”, afirmou o gerente-executivo de Relações com Investidores da Cosan, Phillipe Casale.
Para exemplificar essas “adversidades”, ele citou a “incerteza” inicial envolvendo a subvenção ao diesel e a própria oscilação do dólar ante o real por causa das eleições. Para o trimestre vigente, a tendência é que esses problemas não se repitam.
“O mercado já se acomodou. O próprio terceiro trimestre já foi mostrando uma melhora”, disse.
A geração de caixa da Cosan medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado) diminuiu 25,4 por cento, para 1,2 bilhão de reais, no terceiro trimestre.
A receita líquida foi 19,3 por cento maior no período, totalizando 15,4 bilhões de reais, enquanto a alavancagem fechou o trimestre em 2 vezes, ante 2,1 vezes um ano antes (Reuters, 7/11/18)