Lula acerta demissão de Pimenta, e marqueteiro assume comunicação
Lula e Sidônio Palmeira na campanha de 2022. Foto Divulgação
Presidente já fez convite a Sidônio Palmeira, cuja posse deve ocorrer na próxima semana.
O presidente Lula (PT) acertou nesta terça-feira (7) a demissão do ministro Paulo Pimenta da Secom (Secretaria de Comunicação da Presidência). O marqueteiro Sidônio Palmeira assumirá o cargo.
A troca já era esperada desde o início de dezembro, quando o próprio presidente passou a criticar publicamente a comunicação do governo. Mas foi finalmente acertada nesta terça-feira, em reunião no Palácio do Planalto.
O marqueteiro já está em transição com sua equipe no Planalto desde segunda-feira (6). Pimenta deve sair de férias após o ato que marca dois anos dos ataques golpistas de 8 de janeiro, marcado para esta quarta-feira, e a expectativa de posse do sucessor é na próxima semana, segundo aliados de Lula.
Sidônio atuou na campanha de Lula em 2022 e já vinha ajudando o Planalto com maior proximidade desde o fim do ano passado. O publicitário já atuou, por exemplo, na comunicação do pacote de corte de gastos.
Sua estreia foi na eleição de Lídice da Mata, então pelo PSDB, à Prefeitura de Salvador, em 1992. Em 2006, coordenou a campanha vitoriosa de Jaques Wagner ao Governo da Bahia, derrotando o carlismo. Desde então, atua nas campanhas do PT no estado, como na eleição de Rui Costa ao governo.
Em 2022, foi convidado a coordenar a campanha de Lula e hoje é um dos conselheiros do presidente não só na comunicação, mas também na tomada de decisões políticas.
Pimenta tem mandato como deputado federal e seu futuro no governo ainda está indefinido.
Segundo integrantes do Planalto, ele deve ficar afastado por alguns dias até que o presidente bata o martelo sobre sua eventual ida para a Secretaria-Geral, no lugar de Márcio Macêdo, ou na liderança do governo na Câmara.
Em dezembro, o próprio Pimenta admitiu à Folha a possibilidade de saída do cargo. Ele disse ver com naturalidade a possibilidade de ser substituído, uma vez que exerce uma função de confiança.
"Se, em um determinado momento, ele achar que é preciso que tenha uma mudança mais aguda que eventualmente passe pela minha substituição, eu vejo isso com absoluta naturalidade. O presidente sabe que vai poder contar comigo sempre. Independente de ter um cargo uma função do ministério ou qualquer outra tarefa que ele possa me designar", afirmou o ministro, após uma conversa com Lula (Folha, 8/1/25)