Lula parece boxeador de luta amadora enquanto leva surra do Congresso

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva tem visto governo sofrer uma série de derrotas no Congresso: Foto Wilton Junior/Estadão
Por J.R. Guzzo
Presidente nunca chegou a governar, na verdade por inépcia orgânica, as piores intenções e uma arrogância.
Do presidente Lula sempre se pode esperar pelo menos uma coisa: todas as vezes em que é forçado a enfrentar um problema ele fica mais radical. É automático. Algum problema complicou? Lula nunca segue a regra segundo a qual é melhor não fazer nada quando não há uma opção óbvia para se tomar - e só agir quando aparece uma ideia mais coerente do que deve ser feito. O presidente faz o contrário.
Neste momento Lula está sem uma saída realista para desembrulhar o X-tudo de problemas criados, para se resumir a história, por ele mesmo e pela nulidade absoluta que foi seu governo até agora. Pense em alguma coisa positiva, uma única que seja, que possa ser atribuída ao governo Lula nestes últimos dois anos e meio. Essa coisa não existe. Todo mundo vê e sabe que não existe.
O resultado de um governo com os mais baixos índices de qualidade na memória recente é que o presidente se vê numa daquelas lutas amadoras de boxe de quermesse, em que um não sabe lutar e o outro não tem nada de amador; sabe-se bem como acabam essas coisas. O governo está como um morto-vivo no meio do ringue, após levar uma sucessão de surras no Congresso que deixam óbvia a sua pura e simples incapacidade de governar o país.
Lula nunca chegou a governar, na verdade, desde o seu primeiro dia no cargo de presidente – por inépcia orgânica, as piores intenções e uma arrogância que chega às fronteiras da descompensação mental. Não avançou na solução de nenhum problema; só criou problemas novos. Em todas as escolhas que apareceram, fez a pior. Agora, mesmo que soubesse fazer alguma coisa de útil, está morto no Congresso.
“Lula da Silva assiste ao desmonte de sua autoridade”, resumiu o Estadão em editorial. Como não resiste a cometer um erro, ou uma pá de erros seguidos, sem imediatamente cometer um erro novo na tentativa de ganhar alguma coisa, o presidente reage às suas misérias se metendo na fantasia de guerreiro da esquerda brasileira - e mundial. Em vez de pensar, agride.
Na frente interna, Lula declarou a 25ª “Guerra aos Ricos” dos seus quarenta anos de política. Toda a sua esperança se resume aos 55 milhões de infelizes que condenou à mendicância perpétua do Bolsa Família; acha que melhora a vida dos pobres atacando os demais. Quer que os ricos paguem a conta de luz dos pobres – ele, que não paga uma conta de luz desde o século passado. Quer mais imposto.
Na frente externa, está apostando pesado no antissemitismo: decidiu que difamar Israel vai resolver os seus problemas no Brasil e está fechado com a ditadura e com os terroristas que querem varrer os judeus da face da Terra. É a opção pelos párias (Estadão, 22/6/25)