Metas da Missão Espacial Brasileira Alfa Crux
Alfa Crux é um sistema de comunicação de informações críticas voltado para aplicações em comunicação entre dispositivos (M2M) e Internet das Coisas (IoT)
O projeto está alinhado com as tendências do setor aeroespacial - redução de custos, desenvolvimento incremental e inovação para mercados comerciais com altas taxas de consumo, afirma cientista do IEEE, maior organização técnico-profissional do mundo para o avanço da tecnologia
Cientistas no Brasil dedicam-se atualmente à missão espacial Alfa Crux - sistema brasileiro de nano-satélite, que usa largura de banda estreita para criar conexões de dados e voz em órbita baixa. O programa poderá contribuir para melhorar o monitoramento agrícola, o nível de água nos rios e reservatórios, bem como a melhoria da tecnologia de comunicação entre dispositivos (M2M) e a Internet das coisas (IoT). Ainda tem usos na área de defesa, para garantir a comunicação entre tropas em regiões remotas, onde a infraestrutura de comunicação em terra não é confiável.
Para Renato Borges, especialista do IEEE - maior organização técnico-profissional dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade - este é apenas um dos projetos que se beneficia do conhecimento acumulado ao longo dos anos, desde que o homem pousou na Lua pela primeira vez que visa avançar o conhecimento científico e tecnológico no campo aeroespacial.
"Agora, 50 anos depois da Apollo 11 pousar na Lua, a tecnologia aeroespacial se mostra cada vez mais útil e necessária para a humanidade", enfatizou o cientista, Professor Associado da Universidade de Brasília, líder do Laboratório de Simulação e Controle de Sistemas Aeroespaciais (LODESTAR), e atual chefe do Departamento de Engenharia Elétrica, Renato Borges. Para ele, o desenvolvimento de novos materiais, novos processos de produção, a criação de algoritmos mais sofisticados, bem como as redes de comunicação entre dispositivos pessoais têm, em sua origem, o programa espacial que levou o homem ao satélite natural da Terra nos anos 60.
Borges chama atenção especial para a miniaturização desses eletrônicos, incluindo os satélites, alguns dos quais hoje pesam pouco mais que um quilo, tornando os programas espaciais mais populares e acessíveis em todo o mundo. "Por permitir ao homem monitorar do espaço as mudanças na superfície da Terra em tempo real, em escala planetária, esse tipo de tecnologia tem o poder de transformar nossa relação com o planeta", confirmou o cientista.
Renato Borges, membro do IEEE, da Sociedade de Sistemas Aeroespaciais e Eletrônicos, Professor Associado da Universidade de Brasília, onde coordena o Laboratório de Simulação e Controle de Sistemas Aeroespaciais (LODESTAR), e atualmente exerce a função de Chefe do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB.
Sobre o IEEE
IEEE é a maior organização profissional técnica do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade. Seus membros inspiram uma comunidade global a inovar para um futuro melhor por meio de seus mais de 420.000 membros em mais de 160 países. Suas publicações, conferências, padrões de tecnologia e atividades profissionais são recomendadas por diversos especialistas. O IEEE é a fonte confiável para informações de engenharia, computação e tecnologia em todo o mundo (Assessoria de Comunicação, 16/6/19)