Milho: Menor safra nos EUA e na Argentina e guerra devem manter cotações
MILHO
A perspectiva de menor safra de milho nos Estados Unidos e a prolongada guerra na Ucrânia devem manter as cotações do cereal sustentadas na Bolsa de Chicago (CBOT). Para complicar, as perspectivas têm se tornado cada vez mais negativas para a safra da Argentina, que seria o próximo grande exportador a colher sua safra, segundo análise da hEDGEpoint Global Markets.
O analista de Grãos e Proteína Animal da consultoria, Pedro Schicchi, disse em nota que "combinando esses fatores, temos um aperto se desenhando no milho especialmente até maio, quando a colheita já estará avançada na Argentina e o Brasil já deverá estar começando a colher sua nova safra de inverno".
Segundo o relatório da hEDGEpoint, maiores prejuízos na produção de milho, na Argentina ou nos EUA, podem acentuar esse quadro de aperto na oferta. Além disso, "a guerra e o baixo nível do Rio Mississippi, nos EUA, podem fazer com que 'excedentes exportáveis' já escassos sejam impossibilitados de acessar o mercado global", observa (Broadcast, 17/10/22)